O espetacular começo de Jimmy Butler na NBA
Fábio Balassiano
01/12/2014 01h20
Butler era conhecido, até a temporada passada, como a principal arma defensiva do Bulls. Tinha algum chutador de perímetro e era batata – o camisa 21 era orientado por Tom Thibodeau para marcá-lo. Para este campeonato, ele trouxe uma evolução ofensiva até então não vista em seu repertório, que ficou mais agressivo, "extenso" e confiável (49,1% de aproveitamento). São 21,6 pontos de média, quase 70% a mais em relação aos 13,1 de 2013/2014 e cinco oito das nove últimas partidas com 22 ou mais pontos.
Aos 25 anos e dono de uma história de vida bastante sofrida, é impossível não torcer por Butler e pelo seu sucesso na carreira. Para quem não sabe, seu pai abandonou a família quando ele era uma criança. Aos 13, sua mãe pediu para ele sair de casa. Desesperado e sem saber o que fazer, ele ficava uma semana na casa de cada um de seus amigos em Tomball (Texas) simplesmente porque não tinha onde viver. Foi acolhido do colega de classe Jordan Leslie e por lá viveu até chegar a faculdade de Marquette (a mesma de Dwyane Wade). Como ele mesmo diz, ele só tinha uma chance na vida – e era jogando basquete.
Derrick Rose faz do Chicago um time diferente, imprevisível, com o toque de genialidade que só ele pode dar. Sem Jimmy Butler, porém, Rose não conseguirá ir longe. É bom a diretoria abrir a carteira e depositar na conta do rapaz pelo que ele tem entregue nesta temporada e principalmente pelo que ele e D-Rose podem fazer juntos no futuro.
Que a torcida do Bulls reverencie, também, quem tem se matado para manter as esperanças de título da equipe vivas. Jimmy Butler é a dose de suor necessária para a centelha do talento de D-Rose e Gasol aflorarem.
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