Mesmo com Kobe Bryant, será mais uma temporada de sofrimento no Lakers
Fábio Balassiano
21/10/2014 01h00
Q
É bem verdade que o técnico Byron Scott, campeão pela franquia como jogador, veio e pode trazer um mínimo de organização tática a franquia. Kobe Bryant está recuperado e jogou muito bem a pré-temporada. Jeremy Lin veio e, apesar de seu expirante e imenso contrato de US$ 14 milhões, pode ser útil. Muito criticado em Chicago, Carlos Boozer tem tudo para provar que ainda é muito bom (como sempre foi). Também é correto afirmar que Julius Randle, recrutado no último Draft, tem talento e pode ser útil no futuro.
Para compor o grupo estão lá Xavier Henry, Wayne Ellington, Wesley Johnson, Ryan Kelly, Robert Sacre, Jordan Hill e Ed Davis. Mesmo sem espremer, espremer muito não sai muita coisa, não dá um caldo bacana. Ao contrário da maioria das franquias, que conseguem pinçar jogadores na Europa ou mesmo fora de Draft, a diretoria do Lakers comandada por Mitch Kupchack, gerente-geral que ainda vive no passado, não tem conseguido fazer bons elencos.
Os Lakers começam uma temporada com um elenco até que razoavelmente jovem, mas que paradoxalmente está longe de ser atraente (como são, por exemplo, o do Orlando Magic, e o do New Orleans Pelicans). Tem Kobe Bryant, um craque sem dúvida, mas um craque com 36 anos. Ao contrário de Dirk Notwitzki em Dallas, time que falei aqui na segunda-feira, Kobe não tem grandes companheiros e pensar em ir longe no playoff (ou até mesmo em chegar aos playoffs) é uma imensa loucura para os angelinos, tão desbalanceado e mal formatado que é este elenco.
A temporada passada foi trágica (27 vitórias). A de 2014/2015 na NBA não promete ser tão melhor assim. Saiu Mike D'Antoni, é verdade, mas o treinador não era o único problema. O elenco, que era fraco, continua ruim demais. E aí não há Kobe Bryant que resolva. Se tivesse a opção de "pular" esse campeonato, o torcedor angelino poderia muito bem apertar este botão.
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