À procura da experiência perfeita do cliente
Fábio Balassiano
13/10/2014 01h37
O choque, digamos, cultural, não assustou somente a mim. Fernando Meligeni, ex-tenista e dono de um senso crítico pra lá de elogiável, escreveu isso em sua página no Facebook também: "Feliz por ter estado lá (no NBA Global Games) e ter sido tão respeitado. Triste por perceber que os gringos vêm aqui, mostram como se faz e nós continuamos fazendo bisonhamente mal. Eles nos mostram que o resultado e a beleza do jogo são importantes, mas o público mesmo que triste com a derrota do seu time tem que sair com uma experiência diferente de lá. Por ironia ao sair do evento ficamos mais de 1 hora parados no estacionamento pelo engarrafamento. Sensação de que na única responsabilidade brasileira falhamos".
Poderia, também, falar em mais uma oportunidade perdida pela Confederação para popularizar a modalidade nestas semanas absolutamente mágicas de basquete no país – com título Mundial do Flamengo e com a NBA por aqui. Mas é chover no molhado (disse o mesmo em 2013, veja só aqui e aqui), é falar de uma gente que, sabemos, está muito pouco interessada em fazer o basquete melhorar no país.
Seria muito bom se alguém por aqui saísse aplicando minimamente o que se faz nos Estados Unidos em relação a experiência do cliente em um ambiente esportivo (quem sabe teremos isso com a NBA auxiliando o NBB em sua provável parceria), pois a verdade é que ainda estamos bem longe de algo razoavelmente aceitável em termos de lazer (e isso não se aplica somente ao basquete, diga-se de passagem).
Há um conceito muito claro por trás do jogo, e ele (o conceito) é tão importante quanto as cestas de LeBron James ou Dwyane Wade, creiam nisso.
Entender que o basquete pode, sim, ser um espetáculo incrivelmente atrativo (indo além da bola laranja, portanto), sim. É a chave para vermos a modalidade enfim dar um salto de qualidade por aqui.
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