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Cestinha, Marquinhos enaltece lado coletivo do Flamengo por título Mundial

Fábio Balassiano

25/09/2014 13h00

Quando chegou ao Flamengo em 2012 Marquinhos já era um dos melhores alas do país. Duas temporadas se passaram, a habilidade continua lá e o camisa 11 se tornou um dos maiores ídolos recentes do Flamengo. Melhor jogador e campeão do NBB5, ele foi fundamental na conquista do NBB e da Liga das Américas da temporada passada. Mas ele quer mais. A começar pelo Mundial de Clubes contra o Maccabi Tel-Aviv na sexta-feira (21h30) e no domingo (meio-dia – ambos com Sportv e FoxSports), o jogador de 30 anos sabe que, junto com o grupo comandado por José Neto, está muito próximo de marcar seu nome de vez na história do basquete rubro-negro. Conversei com ele sobre isso e, claro, sobre a participação dele e da seleção brasileira na Copa do Mundo da Espanha.

BALA NA CESTA: Você acaba de voltar de um Mundial com a seleção e logo no começo da temporada 2013/2014 já tem outro pela frente. Como está a sua cabeça para estes dois duelos contra o Maccabi Tel-Aviv? Está conseguindo dormir direito?
MARQUINHOS: Olha, dormir não tenho conseguido mesmo, mas por causa dessa troca de fuso horário que tivemos recentemente. Estávamos na Espanha e voltamos tem uma semana. Mas, sim, estou ansioso com essa possibilidade de ser campeão do mundo pelo Flamengo. É uma chance maravilhosa de marcar nosso nome na história. Vai ser um desafio muito grande pra gente, mas estamos nos preparando da melhor maneira possível. São treinamentos em dois períodos, o máximo que podemos fazer estamos fazendo.

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BNC: Desde que você chegou ao Flamengo o clube entrou em um ciclo de títulos incrível, tendo vencido os dois NBB's mais recentes e a Liga das Américas passada. Qual é a perspectiva para essa temporada que tem, além do NBB e Liga das Américas, o Mundial e também os três amistosos da NBA?
MARQUINHOS: Essa é uma temporada bem especial, sabemos disso. Há muita coisa envolvida, há muita coisa grande em jogo. Temos a oportunidade de jogar, logo de cara, contra o campeão europeu, algo que poucos times vão ter. Ainda por cima vale uma taça mundial. Poucos atletas possuem um título mundial na carreira. E todos queremos ter isso no currículo. Depois há os amistosos na NBA, que vão ser importantes individualmente para cada atleta e, sobretudo, para o nome do Flamengo. Depois disso virão duas etapas difíceis. Defender os títulos de Liga das Américas e NBB será bastante complicado, mas estamos preparados.

BNC: Como está o clima no time, já que o grupo é praticamente igual ao da temporada passada? Vi que vocês já estão pegando no pé do argentino Walter Herrmann e tudo…
MARQUINHOS: (Risos) É o Olivinha, é o Olivinha que já colocou um monte de apelido no cara. Mas tudo dentro de uma brincadeira sadia, de um ambiente maravilhoso que se criou aqui no Flamengo. Este é um dos fatores importantes para termos chegado ao patamar que chegamos. Aqui todos se dão muito bem. A sede dos jogadores por vitórias está muito grande. Todos estão treinando muito forte, defensivamente está todo mundo brigando, ajudando o outro. Coletivamente estamos muito entrosados, focados mesmo. Esse núcleo que está indo para a terceira temporada só perdeu uma competição que disputou (a Liga das Américas de 2012/2013) e continua com uma vontade impressionante de seguir vencendo. Isso é maravilhoso. Temos um tempo muito curto de treino antes de jogar os dois jogos mais importantes do nosso ano e esse entrosamento, esse conhecimento que um tem do outro é essencial para conseguirmos nossos objetivos.

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BNC: Já é a terceira vez que você, um cara de pontuação muito forte, fala em defesa, em coletivo. Esse modelo, digamos, tático e mental de pensar muito em marcação e pouco no individual é algo que o técnico Neto trouxe do Rubén Magnano, ou não tem nenhuma relação? Você consegue perceber semelhanças entre as duas filosofias de trabalho?
MARQUINHOS: Há grande semelhança entre o que jogamos e o que o Magnano aplica na seleção. Isso com certeza. É o jogo moderno, né. Muita defesa, velocidade, troca de passes e o maior esforço coletivo possível. Defensiva e ofensivamente têm dado certo pra gente. Desde que o Neto assumiu ganhamos quase tudo. Acho que isso prova que os sistemas adotados por ele têm dado muito certo.

BNC: Você já conseguiu engolir o que aconteceu naquela derrota contra a Sérvia, na Espanha, ou ainda não desceu direito?
MARQUINHOS: Ah, cara, se você analisar no geral o Brasil fez uma campanha. Tirando o último jogo e o primeiro período contra a Espanha a gente sempre esteve ali disputando, duelando de igual para igual. Demos o nosso máximo, mas infelizmente não conseguimos ir mais longe. O baque fica maior pela forma como perdemos da Sérvia no terceiro e no quarto períodos porque sabemos que aquela não é a realidade, ou disparidade, que há entre as duas equipes e também que aquela não foi a nossa realidade no campeonato.

BNC: Fica um gosto amargo então?
MARQUINHOS: Fica um gosto amargo porque sabemos que poderíamos, agora, estar com uma medalha no peito.

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