Para a seleção feminina, vencer na estreia é mais do que fundamental
Fábio Balassiano
23/09/2014 12h45
Dois anos depois, no Mundial da República Tcheca, o Brasil abriu de novo os trabalhos contra a Coreia do Sul. E nova derrota veio. Desta vez por 61-60. Novamente em uma partida recheada de erros (19 desperdícios de bola e 3/21 de fora), a seleção pegou muitos rebotes ofensivos (19), mas não soube o que fazer com eles. Revés na estreia, perda completamente da confiança e um time que jamais convenceu na competição, tendo terminado na nona colocação.
E por que eu falo isso tudo agora? Simplesmente porque novamente a estreia da seleção brasileira feminina é fundamental. O time de Zanon tem média de idade baixa (24 anos), certamente vai sentir o peso de um começo de Mundial, mas é bom manter a tranquilidade para evitar cicatrizes no futuro.
As últimas três estreias do Brasil em competições Classe A (Mundial ou Olimpíada) acabaram selando o caminho da seleção feminina nos torneios. Depois do revés inicial, nenhum dos três times conseguiu se reagrupar para jogar de forma organizada e mentalmente forte nos duelos seguintes. Adrianinha e Érika, as mais experientes do elenco atual de Zanon, sofreram na pele em 2008, 2010 e 2012 (a pivô só não esteve em Pequim-2008). Certamente têm boas lições para passar ao grupo e a comissão técnica.
Que Zanon e as meninas esqueçam a tal "síndrome da estreia" que tanto aflige o basquete brasileiro nos últimos anos.
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