Depois da Copa do Mundo masculina, chegou a vez de as meninas do Brasil darem o ar da graça. O time de Zanon (na foto à esquerda orientando a ala Joice Coelho) segue treinando em São José dos Campos visando a competição que acontecerá na Turquia entre 27 de setembro e 5 de outubro e a expectativa é saber quão longe este renovado grupo pode ir na competição. O técnico, aliás, cortou a pivô Fabiana Caetano na noite de ontem e fechou assim o seu grupo:
ARMADORAS: Adrianinha, Tainá e Debora
ALAS: Patricia, Jaqueline, Tatiane, Isabela Ramona e Joice Coelho
PIVÔS: Clarissa, Nádia, Damiris e Érika
Antes de seguirmos falando da seleção brasileira, vale explicar o regulamento. São 16 times divididos em quatro grupos. O Brasil está no A, com sede em Ancara, e enfrenta (pela ordem) República Tcheca (na estreia em 27/09), Espanha (28/09) e Japão (30/09) . Os três primeiros de cada chave avançam às oitavas-de-final, com os líderes dos grupos "folgando" na fase inicial do mata-mata e só jogando mesmo nas quartas-de-final.
Caso fique entre segundo e terceiro na fase de classificação, o Brasil enfrentará quem vier da chave B (Canadá, Moçambique, França ou Turquia). Ou seja: adversários duríssimos. O regulamento completo você encontra aqui.
Dentro de quadra, sinceramente não posso esperar resultado bom deste elenco de Zanon. É um grupo jovem, que passa por um processo de renovação bem claro (e necessário) e em uma competição de tiro curto (ou curtíssimo) a falta de experiência pode pesar um pouco. Além disso, o que temos visto na LBF e nos trabalhos de base e os últimos resultados do basquete feminino, não inspiram otimismo. Nas Olimpíadas de 2008, 11º (12 participantes). Em Londres-2012, 9º entre 12 seleções. No Mundial de 2010, 9º (foram 16).
Por outro lado, há potencial claro neste grupo. Érika, Damiris e Nádia vieram da WNBA e formarão com Clarissa um garrafão de respeito no Mundial. Tainá jogou muito bem nos amistosos e está cada vez mais pronta para assumir a armação ao lado de Adrianinha (e depois que ela sair de cena também). Tatiane e Patricia, nas alas, precisam de ritmo e rodagem mas possuem muito talento.
Passar da primeira fase, portanto, é palpável. Vencer do Japão me parece possível. Das tchecas, mais complicado, mas também cabível. Da Espanha é que eu realmente acho que o Brasil esteja um degrau abaixo. Aí virão os cruzamentos e, neste momento, é totalmente impossível fazer alguma previsão.
No atual estágio, vale focar no que é possível acompanhar da preparação de Zanon e torcer para que mais um estágio do processo de renovação (talvez o mais árduo dos degraus) tenha sucesso.
E você, o que está esperando da seleção feminina no Mundial da Turquia? Comente!