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Pra ficar entre os 4 pela primeira vez em 28 anos, Brasil enfrenta a Sérvia

Fábio Balassiano

10/09/2014 01h53

Talvez seja o jogo mais importante do basquete brasileiro nos últimos 30 anos. A partir das 13h desta quarta-feira (Sportv e ESPN exibem) o Brasil enfrenta a Sérvia pelas quartas-de-final do Mundial da Espanha.

Não vale, "apenas", uma vaga na semifinal da competição. Vale, para o tão maltratado esporte da bola laranja deste país, a chance de ficar entre os quatro melhores do planeta basquete desde 1986, quando, também na Espanha, Oscar e Marcel guiaram a equipe comandada por Ary Vidal à quarta posição do campeonato.

Para isso, o time de Rubén Magnano precisará vencer um rival bem conhecido. Brasileiros e sérvios mediram forças na primeira fase do Mundial em uma partida bem insana, vocês lembram? Foi um primeiro tempo sublime do Brasil, um terceiro período tenebroso e um quarto período salvador de Marquinhos (mais aqui). E eu espero, sinceramente, que a partida desta tarde seja bem diferente.

Primeiro porque vale vaga em uma semifinal de Mundial e qualquer lapso pode ser fatal. Segundo porque ninguém é maluco de acreditar que os sérvios entrarão tão "moles" como entraram na partida passada. E em terceiro (e principal) lugar: ninguém tem saúde para aguentar 10 minutos de apagão em uma partida eliminatória.

No duelo de hoje, e ao contrário do que foi na partida contra a Argentina, vale muito mesmo a presença dos alas e armadores brasileiros. No pivô, a briga será quentíssima entre Nenê, Splitter e Varejão com Raduljica, Kalinic e Stimac (todos muito fortes e pesados), mas é nas alas e na armação em minha opinião que a peleja se decide.

Do lado brasileiro, Raulzinho cresceu muito, Huertas é craque e pode decidir, Leandrinho e Marquinhos estão bem, mas é bom não piscar muito. Do outro lado estão Milos Teodosic (genioso e genial), Bogdan Bogdanovic (ala que foi escolhido pelo Phoenix Suns, da NBA, e é muito alto e técnico) e Nemanja Bjelica. O trio tem muita habilidade, arremessa bem e possui bom potencial físico para brigar de igual para igual contra os alas e armadores de Magnano.

E eu acho que, por não haver tanta disparidade assim como havia no duelo entre brasileiros e argentinos no pivô como havia no domingo, é na parte cerebral da coisa (alas e armadores) é que passa a vitória de amanhã. A Sérvia sabe do potencial do Brasil perto da cesta e fará de tudo para não só diminuir a pontuação por lá, mas principalmente para cansar e carregar os gigantes brasileiros em faltas. Por isso o equilíbrio com boas atuações dos jogadores de exterior da área pintada vai precisar acontecer para pender a balança para o lado brasileiro (o que, aliás, acredito que irá acontecer).

Estou confiante e mantenho meu palpite de ter o Brasil na semifinal do Mundial pela primeira vez desde 1986.  E você, o que acha que irá acontecer logo mais? O Brasil volta a uma semifinal de Mundial? Ou o sonho de medalha para nos sérvios? Comente!

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