No título feminino sul-americano, brilham Tainá, Tati, Patricia e Clarissa
Fábio Balassiano
19/08/2014 01h19
A melhor jogadora do time (e do torneio também) foi, sem dúvida alguma, Clarissa (pivô de Americana – na foto à direita), em que pese seus inúmeros erros de leitura de jogo, algo que incrivelmente mina sua capacidade atlética e de domínio de rebotes. Nem vale, neste texto, citar os números dela (ou de qualquer outra atleta) devido ao baixíssimo nível da competição, mas ver a menina revelada aqui no Rio de Janeiro brilhando como ela vem brilhando é muito legal. Aos 26 anos, a jogadora é presença certa na rotação de Zanon para a posição menos carente do basquete feminino brasileiro, o pivô. Com ela, Nádia, Érika e Damiris (as três na WNBA), no garrafão não há dúvida que o Brasil estará bem servido.
Além delas duas vale citar Joice Coelho e Isabela Ramona, que foram bem quando acionadas mas que ainda pagam o preço da falta de experiência em grandes jogos (algo natural). Sem terem completado 22 anos, as duas, recém-contratadas por São José, mostraram espasmos daquilo que poderão ser com regularidade no futuro – boa defesa, ataque feroz à cesta e arremesso regular. Não posso deixar de falar da experiente Jaqueline, brilhante na decisão com 15 pontos (4/5 de três pontos).
Aos 22 anos, Tainá evoluiu muito de um ano pra cá, muito mesmo. Tornou-se uma condutora de bola segura, desenvolveu boa visão de jogo, melhorou seu arremesso e tem tudo para ir bem no Mundial da Turquia, sua primeira competição adulta de alto nível, aprendendo com Adrianinha, a provável titular e acrescentando seu ritmo. Se conseguir conter a ansiedade e dosar velocidade e paciência para armar o jogo com calma sem dúvida terá um futuro brilhante.
Deste canto eu só posso esperar duas coisas: 1) que o desenvolvimento delas continue para muito além do que já vimos pois o caminho para se tornar um time de ponta ainda é longo; 2) e que os clubes enfim se dêem conta que precisam abrir espaço para estas e outras jovens jogarem.
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