Li no site da CBB que o Brasil Sub18 está jogando o Nike Global Challenge, evento da Nike para atletas desta idade que está sendo disputado em Chicago nesta semana. Foi sem treinar, e tal, aquela coisa que conhecemos bem de um time que perdeu quase todas as suas partidas este ano devido a sua péssima preparação (veja mais aqui e aqui para relembrar).

Até aí, beleza. O time de Pablo Costa, eliminado da Copa América 2014 de forma vexatória e fora do Mundial de 2015, começou perdendo de um time dos EUA por 94-80, mas o que me chocou foi o seguinte: foram apenas 10 jogadores da seleção brasileira para a competição. Ué, aí me perguntei: e por que não 12 atletas, como de hábito? Na convocação, de fato eram 12 atletas chamados, vejam só vocês clicando aqui (podem atentar ao fato que o grupo viajaria sem treinar também, estão liberados).

Fui nas Notas Oficiais da Confederação Brasileira de Basketball e está lá na 137/2014 o problema, ó (clique aqui). O Club Paulistano não liberou, de acordo com a Nota, os jogadores Wesley Alves da Silva e Victor André Camilo da Silva (pois há jogos do Paulista de acordo com alegação do Paulistano divulgada na Nota Oficial 137/2014). A CBB tentou via Federação adiar as partidas do Estadual de São Paulo do Paulistano. Não conseguiu. Paulistano seguiu sem liberar seus atletas. Seleção viajou com 10.

O que fez, então, a Confederação após este problema todo? Suspendeu os atletas Wesley e Victor de 13 a 16 de agosto de 2014 (mesmo período do Nike Global Challenge), podendo acrescentar mais 30 dias a punição (até 16 de setembro, portanto). Tipo: "Não joga comigo pela seleção, não joga pelo clube também". Os atletas, mais uma vez, saem lesados, saem como vítimas de uma situação em que dirigentes não chegam a um denominador comum. Aqui um ponto importante: A sanção de suspensão será implementada após homologação pelo STJD.

Só que não é só isso, não. Além da punição aos atletas, o Paulistano, agora, será julgado pelo STJD do Basquetebol por, de acordo com a Nota Oficial, descumprimento dos artigos 111 e 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (e se eu procurei direitinho, ele está aqui, vejam só).

Desculpem, mas não há palavras para descrever essa situação. Vocês falem por aí…