O injustificável corte de Rafael Luz da seleção masculina
Fábio Balassiano
13/08/2014 01h55
Poderia citar seus números (tanto na Espanha, onde foi muitíssimo bem na temporada que terminou há pouco tempo, quanto nos amistosos pela seleção brasileira), mas nem se trata disso. Qualquer um que, com isenção, viu os amistosos (Angola, Argentina duas vezes e México) e o Sul-Americano detecta que Rafael foi, disparado, o melhor armador brasileiro a se apresentar neste período (excluindo Huertas e incluindo, até, Larry Taylor). Fico, aqui do meu canto, imaginando o que se passou na cabeça dele quando foi chamado para ouvir que não fazia mais parte do elenco que disputará a Copa do Mundo na Espanha.
Quem me acompanha sabe que gosto muito de Raulzinho, e escrevi isso recentemente no Facebook do Bala na Cesta (aqui) mesmo depois de atuações não muito boas, mas sua (dele) fase não é boa embora ele seja um bom jogador. Não se trata, portanto, de massacrá-lo aqui. Só que ele foi mal no Sul-Americano, errático nos amistosos e não mostrou grande evolução da temporada 2012/2013 para a de 2013/2014 que justifique a sua manutenção no grupo. O argumento da idade (34 anos) e o fato de Larry não ser um armador de ofício também pode ser aplicado.
Seleção brasileira não é "só" momento, isso é um fato (entre outros fatores, o passado deve ser preservado e o futuro, planejado). Mas Rafael Luz é jovem (22 anos), está em ótima fase física e técnica, é um bom marcador e está mais pronto para ser o reserva de Huertas do que seus pares (principalmente porque suas habilidades são complementares, e não idênticas, às do armador do Barcelona). É desanimador saber que ele foi cortado, de verdade mesmo.
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