Desvendando a permanência de Carmelo Anthony no Knicks
Fábio Balassiano
23/07/2014 01h02
A resposta, que nem foi minha, mas de Carmelo mesmo, atende por um só nome: Phil Jackson (o grande ganhador dessa história toda, diga-se). Anthony disse em entrevista recente que o motivo pelo qual ele decidiu permanecer com a franquia que defende há quatro temporadas foi justamente acreditar nas tacadas que o novo Presidente de Operações dará a partir de agora. Se eu fosse ele provavelmente teria me mudado para Illinois, me juntado a Derrick Rose, Pau Gasol e Joakim Noah, mas ninguém pode culpar Melo por tentar vencer no time do seu coração – e como peça-chave para isso.
Ao que tudo indica, esta será uma temporada "perdida" (e todos ali parecem saber disso). O campeonato de 2014/2015 ainda reserva aos Knicks uma das maiores folhas salariais da NBA (mais de US$ 84 milhões, US$20mi acima do teto da liga), um elenco completamente desbalanceado e jogadores que estão longe de ter o perfil que Phil Jackson gosta (os exemplos mais claros são os de JR Smith e Andrea Bargnani). A grande vantagem para os nova-iorquinos é que dois dos três maiores salários são expirantes (de Amare Stoudemire e do próprio Bargnani), ou seja, terminam ao final deste certame. Além disso, a franquia conseguiu o armador Jose Calderón na troca de Tyson Chandler. O espanhol é muito bom jogador, e nem ganha muita grana assim (US$ 21mi pelos próximos três anos). Ou seja: para 2015, com menos de US$ 40 milhões comprometidos até agora, a chance de ir com força no mercado de agentes-livres é imensa. E é nisso que confiam tanto Carmelo Anthony quanto Phil Jackson.
Por isso a temporada 2014/2015 da NBA será de aprendizado para todos no Madison Square Garden (principalmente para as três peças mais importantes deste tabuleiro). Para Carmelo, ver um novo sistema de jogo em que ele não precisará ficar tanto tempo com a bola. Para Derek Fisher, em seu primeiro campeonato como técnico, sentir o tamanho da diferença entre jogar e dirigir. Para PJ, para ver se ele realmente se adapta a uma função diferente da que esteve acostumado durante 25, 30 anos.
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