Sobre o fim das atividades do time feminino de Ourinhos
Fábio Balassiano
11/07/2014 01h40
E dissociar os dois fatos é impossível e fala muito sobre a gestão (ou falta dela) que existe não só na Confederação, mas nos times de basquete do país também.
Ourinhos viveu seu auge no começo do século com um investimento pesado, fortíssimo, forjado na tríade patrocínio municipal, mecenato (Seu Chico) e empresas privadas. O problema todo, quando pensamos na sustentabilidade de qualquer negócio, é que a parte "privada" da coisa era a menor de todas. E isso também fala muito sobre a passividade, ou permissividade, da gestão da equipe neste tempo.
Quais foram as grandes atletas que surgiram nas categorias da cidade nos últimos anos? Vai ser difícil achar algum nome. E as contratações de peso? Por aqui é fácil encontrar as atletas. Que tipo de ações foram pensadas para o caso de o investidor maior (o mecenas Seu Chico, tão doce quanto apaixonado por basquete) sair da modalidade? Como o time reagiria sem ele, algo que mais dia, menos dia, iria acontecer?
O basquete feminino brasileiro, tão carente, cada vez com menos times disputando suas competições, perde um de seus protagonistas neste começo de século. Se não houver mudança imediata, será triste ver a próxima Liga de Basquete (LBF) sem Ourinhos, clube tão vencedor quanto tradicional. Tão vencedor, tradicional e que não se preparou como deveria para um período de vacas magras que viria com a saída de cena de Seu Chico. É uma pena.
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