A força do Oklahoma e o fantasma que amedronta o Spurs
Fábio Balassiano
28/05/2014 09h04
Estava dando certo até que Scott Brooks (foi bem nessa) lançou Steven Adams (26 minutos, quatro a mais que o pivô titular – na foto à direita), que é mais rápido que Kendrick Perkins para rodar pós-bloqueio. Aí o samba do San Antonio Spurs desandou, o Oklahoma passou a defender MUITO bem e a atacar com mais segurança (em que pese a ausência temporária de Reggie Jackson, que saiu lesionado mas logo voltou). Foi um bombardeio em direção a cesta texana, algo bem impressionante para o padrão Gregg Popovich de qualidade. No final, um 105-92 que não destaca a superioridade do Oklahoma (a vantagem chegou a mais de 20 novamente e no meio do terceiro período Popovich já tirou seus titulares de quadra), que agora empata a série em 2-2 e traz de volta um velho fantasma para os Spurs.
Bem, mas voltemos ao fantasma. Em 2012, na mesma final de conferência Oeste, aconteceu exatamente o que vem ocorrendo agora. O Spurs venceu as 2 no Texas, voou para Oklahoma e perdeu as duas. A confiança mudou de lado, e o Thunder venceu as duas seguidas, fechando o duelo em 4-2 e avançando às finais contra o Miami Heat. Naquela ocasião, ao ser perguntado por que seu time perdera, Manu Ginóbili disse: "Perdemos porque eles são tão talentosos quanto nós somos. Mas eles são muito mais atléticos". Na mosca.
A análise do hermano é perfeita mesmo. O trator que Westbrook (40 pontos, 10 assistências, 5 roubos e 5 rebotes) aplicou no ataque e na defesa (atacando a Tony Parker com ou sem a bola) mostra bem como o Oklahoma consegue ter remédios para bater o jogo fino, de classe, do Spurs. Nem tudo está perdido para o San Antonio, que ainda tem o mando de quadra, um ótimo técnico e um excelente elenco. Mas que a série, que tinha uma cara de surra texana, mudou de figura, isso mudou.
Na quinta-feira, com 2-2 no placar, saberemos se o fantasma de 2012 entrará de vez em quadra ou se o Spurs tem força para espantá-lo para outros lugares.
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