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Emocionante, NBB tem 35% dos jogos do playoff com vantagem de até 5 pontos

Fábio Balassiano

22/05/2014 01h22

Que este playoff do NBB é o mais rico em termo de emoção dentre as seis edições da história da competição quase todo mundo concorda. Ginásios cheios, atmosferas dramáticas e pelejas bem jogadas e disputadas na maioria das vezes.

Mas o NBB que terá nesta sexta-feira o quinto e último jogo da semifinal entre Paulistano x São José (voltarei ao tema amanhã) traz um ingrediente a mais. A edição 2013/2014 da competição registra o segundo mata-mata mais equilibrado da história do torneio. Com 42 partidas disputadas até agora, 15 delas (35%) terminaram com vantagem de até 5 pontos a favor do vencedor do duelo (Paulistano x SJC será o jogo 43 do mata-mata). Antes, apenas o NBB2, com 38% dos jogos com esta margem, foi mais pegado. No NBB5, apenas 27% das partidas terminaram com o placar apontando até 5 pontos de diferença (crescimento de 8%, portanto).

Outro  ponto interessante a se notar é que neste NBB a disparidade do mata-mata também diminuiu. Em 2014, apenas 37% dos jogos terminaram com 11 ou mais pontos de vantagem. Em 2013, 53% das partidas terminaram assim. É a primeira vez que a margem diminui desde que o NBB foi criado seis anos atrás. O levantamento, a pedido do blog, foi gentilmente realizado pela assessoria de imprensa da Liga Nacional.

Vale a pena notar, também, que a margem de vitórias dos mandantes nunca foi tão baixa. Ou seja: os visitantes estão mais "abusados". No NBB6, quem atuou longe de seus domínios venceu 42% dos jogos (18 vezes). Antes, o melhor índice registrado foi no NBB1, quando os mandantes perderam 33% das vezes diante de seus torcedores. Nesta temporada, o finalista Flamengo, por exemplo, perdeu duas vezes no Tijuca antes de vencer os dois duelos em Bauru e Mogi para avançar de fase. Franca e Mogi, por sua vez, conseguiram vencer os sempre complexos jogos 5 em Uberlândia e Limeira (o que é sempre complicado). Ou seja: está cada vez mais difícil "proteger" o mando de quadra do começo ao final das séries.

Tendo em vista estes dados fui consultar o Gerente Técnico da Liga Nacional, Paulo Bassul, que me disse o seguinte:

"O maior equilíbrio ficou nítido desde o início da competição e dentre os fatores que ocasionaram isso posso citar:
a) O incremento no valor investido por parte de várias equipes.
b) Como consequência do item anterior, o maior nível técnico dos atletas estrangeiros contratados pelas equipes nessa temporada. Incluem-se aí também brasileiros "repatriados".
c) A evolução de algumas equipes ao longo da competição em função do bom trabalho executado no dia a dia, modificando o patamar de atuação das mesmas.
d) A criação da Liga Ouro e a introdução do ascenso/descenso direto que gera motivação e não permite que nenhuma equipe se acomode ao longo da competição.
e) A Liga de Desenvolvimento (LDB) também tem sido um fator importante no abastecimento das equipes do NBB, com atletas mais madurados e preparados para a categoria adulta"

É isso. O NBB está cada vez mais emocionante e com jogos disputados até o final. Quem gosta de basquete não pode pedir muito mais do que isso, certo?

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