Lillard leva Portland à semi do Oeste com bola salvadora - veja!
Fábio Balassiano
03/05/2014 09h43
Juro pra vocês que eu estava pensando em escrever um post analisando este começo de pós-temporada de LaMarcus Aldridge, ala-pivô cracaço do Portland Trail Blazers. Mas eu seria insano se começasse qualquer post depois do que se viu ontem em Portland sem falar de Damian Lillard. E o motivo é este aqui abaixo. Pode ver mil vezes antes de continuar o texto, ok, está liberado (colocarei dois vídeos, o segundo com todos os ângulos do chute).
É isso mesmo que você viu. Com 0,9s no relógio Damian Lillard conseguiu sair da marcação de Chandler Parsons, que havia feito a cesta que seria a salvadora do Houston no ataque anterior, e matou a bola decisiva mais incrível deste playoff (junto com a de Vince Carter na semana passada). O Portland venceu o Rockets por 99-98, fechou a série por 4-2 (o duelo foi tão equilibrado que no total de pontos foi 672 x 670 pró-Blazers), avançou às semifinais do Oeste e ganhou seu primeiro confronto de mata-mata desde 2000 (sim, jejum de 14 anos). Tudo na semana em que o técnico do único título da franquia (1977), o genial Jack Ramsay, faleceu. O time agora espera o vencedor o vencedor de San Antonio Spurs e Dallas Mavericks, que jogam o sétimo jogo amanhã (mando de quadra da turma de Oregon caso os Mavs vençam).
Eu ia escrever do Aldridge, que tem realmente jogado uma barbaridade neste começo de playoff (29,8 pontos e 11,2 rebotes), mas vai ficar pra depois. O que Lillard também tem feito, e fez ontem de lambuja, neste mata-mata é coisa para gente grande, muito grande.
Mas aí a gente lembra que o camisa 0 está em sua segunda temporada na NBA, em seu primeiro playoff (sim, é calouro no mata-mata) e se impressiona ainda mais por sua desenvoltura, por sua personalidade, pelo seu sangue frio. Lillard saiu da pequena Weber State (faculdade) como uma verdadeira obsessão do Portland, que o recrutou na sexta posição do Draft passado. Registrou 19 pontos e 6,5 assistências em seu ano de novato e chamou a atenção de todos.
Nesta temporada manteve os números (variaram muito pouco), mas ninguém tinha ideia de como seria sua performance nos playoffs, né. Mas aí você olha os números e se surpreende ainda mais com o rapaz de apenas 23 anos (faz 24 em julho). Para vocês terem uma ideia, nos jogos de pós-temporada quando o placar está com cinco ou menos pontos de diferença, o desempenho do armador do Portland está assim: em 36 minutos, 31 pontos, 9/19 nos arremessos (47,4%), 11/11 nos lances-livres e +12 no +/- (algo bem surreal).
No final do jogo, na entrevista coletiva, Lillard disse: "Este é definitivamente o arremesso mais importante da minha carreira", acrescentando com um sorriso: "Por enquanto". Quem vai duvidar?
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