'Gasparzinha', segunda divisão do NBB começa hoje
Fábio Balassiano
11/03/2014 13h20
Nem vou discutir o nome, pois seria chato demais de minha parte, mas fico com uma singela dúvida: se a Série B é a Liga Ouro, o NBB, a elite do basquete masculino brasileiro, seria o quê? A Liga Diamante? A Liga Esmeralda com Rubis? Fiquei encucado com isso, mas tudo bem, vamos adiante.
A grande questão, pra mim, é que ontem cheguei em casa animadíssimo para escrever sobre o torneio que será disputado por quatro clubes (Campo Mourão, Sport-PE, Lins e Rio Claro). Bati o olho no site oficial, li a matéria/release (aqui), dei uma conferida no regulamento (todos contra todos duas vezes, com três se classificando, sendo o primeiro descansando até a final, e com o campeão se garantindo no NBB7) e queria escrever sobre os times. Aí… bico.
Não sou daqueles que acha que o problema está no campeonato existir com apenas quatro clubes. Longe disso. Acho que é um começo, e como todo princípio haverá problemas (escrevi isso recentemente aqui). A grande questão é (céus, lá vou eu escrever a mesmíssima coisa dos últimos cinco anos, me desculpem) a forma como a Liga Nacional trata o seu produto. Faltando menos de 24h para o começo da segunda divisão (momento em que escrevia), não era possível conhecer os elencos, verificar as comissões técnicas, saber mais sobre os times e as cidades. Peças de publicidade (na Web ou nos meios de comunicação locais), então, nem pensar, né. Para piorar as coisas, no site oficial há três matérias a respeito do tema, cujas datas são: 15/01/2014, 23/01/2014 e 07/03/2014. Três notícias no período de quase dois meses para falar de algo NOVO. O basquete quer continuar falando para 500, 600 pessoas? O basquete quer continuar a jogar para públicos de 500, 600 pessoas? Reflitam sobre isso, por favor.
É chato, é um tema recorrente, é mais do mesmo, é um problema que a Liga Nacional parece não querer (ou saber) como solucioná-lo. Insisto no ponto: na semana passada perguntei no Facebook do Bala na Cesta (aqui) se alguém sabia que a Série B começaria em quatro, cinco dias. A maioria, ali, desconhecia o início do campeonato. Os errados, sem dúvida alguma, não são os torcedores que (ainda) teimam em acompanhar uma modalidade que praticamente não tem atrativo em terreno nacional. Se o maluco por basquete (e os malucos, hoje, somos muito poucos) não foi impactado por esta informação, o erro está no emissor, e não no receptor da mensagem.
E nem tratarei aqui sobre a expansão do mercado chamado basquete brasileiro. Mercado que hoje é habitado pelos mesmos loucos de 15, 20 anos atrás e que ainda seguem a modalidade. Mercado que é pequeno e em declínio. Este, porém, é um problema maior e que merece um capítulo à parte. O buraco, por enquanto e pelo qual este texto saiu, o da ausência de informação sobre a Série B em especial, precisa ser analisado e tratado de forma bem simples e pragmática: se não comunicar, pouca gente saberá que o NBB, seja o da primeira ou a da segunda divisão, existe.
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