O jogo de domingo (o All-Star Game de número 63 que terminou com vitória do Leste por 163-155) começou como todo duelo de ASG começa: com muitas enterradas e bolas de três em profusão. Não sei exatamente o número, mas Blake Griffin deve ter cravado umas cinco vezes em menos de 10 minutos. Do outro lado LeBron James tentava dar as cartas no começo, mas basquete não é só isso, né.

A partir do segundo tempo o negócio começou a ficar bem sério. Houve faltas, marcação mais intensa, duelo mais pegado mesmo. Kevin Durant mostrou seu arsenal de chutes de três, mas a mira não estava calibrada (6/17 de longe). Carmelo Anthony, por sua vez, jogava como atua pelo Knicks (chegando ao ataque e atirando de longe, sem passar pra ninguém – terminou com 8/13 de fora).

Mas quem brilhou mesmo foi Kyrie Irving. Armador do Cleveland e pela primeira vez titular do Leste, o rapaz colocou seu time nas costas, comandou a reação no último período (40-29) e terminou a partida com 31 pontos (14/17 nos arremessos, alguns bem fantásticos em infiltrações), 14 assistências e 4 rebotes, sendo eleito o melhor da peleja. Durante a semana, em entrevistas, ele já havia dito que estava indo para Nova Orleans pensando não em ganhar o jogo, mas sim em conquistar o MVP do All-Star Game. E ele conseguiu com inteira justiça, ajudando o Leste a quebrar sequência de 3 vitórias seguidas do Oeste na partida festiva.

A escolha de Kyrie Irving apresenta, de vez, o armador ao mundo e mostra que a NBA tem uma nova geração fortíssima para dar prosseguimento a esta que em breve sairá de cena. Irving tem apenas 21 anos e tem muita lenha pra queimar na liga por alguns anos. É talentoso, rápido, ótima visão de quadra. Só não tem muito carisma (como mais da metade dos atletas que lá estavam, mas aí é um outro problema e que vale até um post maior a respeito), mas tudo bem, né. O que importa é jogar basquete – e isso o cara faz muito bem.

Viu o jogo? Gostou? Escolha do Irving na minha opinião foi muito justa. E pra você? Comenta aí!