Na semana passada eu coloquei aqui uma enquete para que vocês, queridos leitores, colocassem os 12 jogadores da Copa do Mundo masculina da Espanha. O resultado não fugiu muito dos que eu escolheria, e isso prova que o universo de jogadores convocáveis é muito baixo e que há um hiato muito grande entre uma geração, a de Nenê, Anderson Varejão e companhia, e a outra que está chegando agora.

Por isso eu pensei em algumas coisas antes de montar o meu elenco ideal para a Copa do Mundo da Espanha. Antes, algumas explicações:

1) Embora eu só coloque 12, é muito óbvio que Rubén Magnano TEM que convocar um grupo largo, grande, extenso, para evitar os problemas dos últimos anos (tipo o de chamar às pressas João Paulo Batista para a Copa América passada). Convoque-se 30, 35 e aí vai tirando. Se todos vierem, ótimo, perfeito, o trabalho de corte é até mais fácil. Se alguns não vierem, não serão necessárias tantas tesouras e os atletas já estarão lá treinando.

2) Não convocaria (como tem sido feito há algum tempo) atletas lesionados, evitando discussões acaloradas de forma absolutamente desnecessária. Exemplo hipotético: o jogador Fabio Bala, do Chicago Bulls, rompeu os ligamentos do joelho neste fim de semana e ficará 9 meses afastado. Há alguma necessidade em colocar seu (dele) nome na lista? A resposta é: não, não e não.

3) As viagens de Magnano aos Estados Unidos pelo visto não deram muito certo, já que os resultados finais não mudaram em nada, mas um telefonema da direção da CBB para os NBA's, como convencionou-se se chamar os atletas que jogam nos Estados Unidos, não seria ruim, não.

4) O que eu gostaria mesmo de fazer na lista era convocar 4 jovens para dar experiência a eles (justamente pelo tal 'hiato' mencionado acima), mas o cenário (lembremos dos convites, da carta assinada pelos jogadores da NBA e da exigência da FIBA para que o Brasil fosse com força máxima, máxima, máxima) não permite isso no momento. Por isso fui uma revelação na ala (onde o país é mais carente). Gostaria muito de incluir Ricardo Fischer, Gui Deodato (foto à direita), Rafael Luz, Bruno Caboclo, entre outros, mas não foi possível. Acho, no entanto, que todos eles devem ser chamados para os treinamentos – o que já seria muito valioso.

5) Acho sinceramente que falta um atirador de elite nas bolas de três pontos para essa seleção. Tirando Marquinhos, não há um grandíssimo especialista no assunto. E isso em competições FIBA costuma fazer muita falta devido às marcações fortes (e é onde o Brasil costuma se enrolar brutalmente, diga-se de passagem). Não levaria, mas não condeno e nem descartaria a possibilidade de Marcelinho Machado (o melhor chutador de bolas longas do país há anos) ser incluído entre os 12 de Magnano e ser usado em doses homeopáticas (como foi muito bem utilizado na Copa América de 2011, lembremos).

Vamos lá, sem mais enrolação. A minha lista seria:

Armadores: Huertas e Raulzinho
Alas: Leandrinho, Alex Garcia, Marquinhos, Giovannoni e Leo Meindl (21 anos, de Franca)
Pivôs: Nenê, Tiago Splitter, Anderson Varejão, Faverani e Augusto Lima

E aí, estou viajando? Gostou dos meus 12 pro Mundial? Comente aí!