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Goran Dragic, a ausência sentida no All-Star Game

Fábio Balassiano

10/02/2014 10h20

Quando saiu a lista dos reservas para o All-Star Game da NBA que acontecerá neste final de semana em Nova Orleans (estarei lá, fiquem acompanhando ligadinhos) eu senti falta do nome de Goran Dragic, armador esloveno que tem arrebentado no Phoenix Suns.

Aí Kobe Bryant se machucou, pediu pra não jogar, foi atendido e aí eu pensei: "Bom, agora o Dragic vai". Mas não foi. A liga selecionou (o não menos ótimo) Anthony Davis, ala do Pelicans (time da casa), e eu fiquei pensando que louco é ter o jogo com os melhores da temporada sem a presença do camisa 1 do Phoenix.

E como Goran Dragic tem respondido nos últimos dias, desde que o anúncio foi feito sem o seu nome na lista dos reservas? Simplesmente dando recitais, verdadeiros shows enquanto seu companheiro de armação não volta (Eric Bledsoe realmente está com problemas nos joelhos). Nas sete partidas mais recentes (5-2), Dragic, que sábado teve 34 pontos e 10 assistências diante do Golden State Warriors do titular do All-Star Stephen Curry, tem 26,9 pontos, 62,7% nos arremessos de quadra, SURREAIS 63,3% nas bolas de três pontos e 6,2 assistências (isso tudo arremessando no máximo 15 vezes por noite). Números sem dúvida alguma impressionantes.

Tão impressionantes quanto a própria história dele na NBA, que por linhas tortas acaba repetindo a biografia de Steve Nash (ambos na foto). O canadense foi escolhido pelo Phoenix Suns em 1996, ficou dois anos no Arizona, mas não rendeu muito bem. Foi para Dallas, jogou cinco temporadas, desenvolveu bastante o seu basquete e aí sim retornou a Phoenix para brilhar como nunca havia feito antes por lá.

Com Dragic aconteceu o mesmo. Selecionado pelo San Antonio Spurs em 2008 na segunda rodada e logo trocado ao Phoenix, ele não teve muitas oportunidades em seus primeiros três anos no Arizona (onde era reserva de Nash, diga-se de passagem). Foi trocado para o Houston Rockets, passou duas boas temporadas lá no Texas (tal qual Nash, né), encaixou bons números, chamou a atenção de todo e, como agente-livre, escolheu os Suns para assinar o bom (e também arriscado) contrato de US$ 30 milhões por quatro temporadas. Aí sim Dragic virou um grande jogador.

Ele saltou de 11,7 em 2011-2012 para 14,7 pontos em 2012-2013, mas deixou o melhor para esta temporada. No campeonato o jogador de 27 anos lidera o surpreendente Phoenix (30-20) em pontos (20,4, melhor média da carreira), assistências (6,4), % de acerto em arremessos de quadra (51,1%) e também nas bolas longas (ótimos 41,1%). Tornou-se líder e homem de confiança do técnico Jeff Hornacek em uma das mais incríveis histórias do certame.

Por isso eu acho que a ausência de Dragic, que amanhã lidera o Phoenix diante do atual bicampeão Miami Heat, será a mais sentida em Nova Orleans. Ele estará lá para o desafio de habilidades, mas o ex-jogador Dan Majerle, foi certeiro na análise: "Não ter Goran entre as estrelas de domingo não é ruim para ele, não. É até melhor, pois ele irá descansar. É ruim para a liga, que não verá o melhor armador da temporada em ação". Exageros à parte, já que Majerle afaga um pupilo, ele tem boa dose de razão quando diz que o esloveno merecia estar entre os melhores.

Concorda comigo – e com Majerle?

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