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A importância do 3X3 no convite pro Mundial da Espanha

Fábio Balassiano

04/02/2014 13h15

Acabou que nessa questão de convite para o Mundial Masculino da Espanha eu não abordei um ponto bastante fundamental para o Brasil ter conseguido jogar a competição. É óbvio que o lado financeiro pesou mais do que qualquer coisa, mas há um outro fator importante para que Carlos Nunes voltasse da Catalunha com a vaga no bolso de seu paletó: o Basquete 3×3 (saiba mais a respeito clicando aqui).

Pode parecer uma bobeira, mas é só analisar um pouco as declarações de Nunes para saber (e isso a CBB merece aplausos) que a Confederação foi exatamente no alvo para ganhar o convite: "Acertamos uma troca de logística. É um acordo de cooperação com a FIBA para organizar o basquete 3×3, que é a menina dos olhos da entidade. Vamos fazer um trabalho de Hércules para vingar", disse Nunes ao Aleixo, do Lance!.

Nunes tem total razão nisso (nesse caso só me resta dizer um "Boa, Presidente!"). A FIBA colocou na cabeça que o 3×3 tem que ser uma modalidade olímpica em breve, e o Brasil tem feito por onde dar um carinho na Federação Internacional (tenho opinião diferente a respeito, mas obviamente a entidade Internacional tem argumentos bem interessantes e que merecem ser levados em consideração – como o fato de poder ser disputado ao ar livre e poder ser um elemento de popularização da modalidade). Organizou, e bem, uma Copa América que teve patrocinadores de nome, exibição de TV Aberta (na Globo, ainda por cima) e arquibancada cheia, promove campeonatos com regularidade assustadora para quem costuma falhar em quase tudo e dá bastante destaque ao assunto no site oficial (com boas fotos e vídeos inclusive).

Sem dúvida alguma foi de uma sabedoria imensa (sério mesmo) o pessoal da CBB ter embarcado nessa onda do 3×3. Por acreditar no projeto ou por política (o que também é um mérito), a Confederação entendeu que a grande onda do momento para a Federação Internacional é mesmo o 3×3.

A grana foi o que mais pesou para o convite vir, não nos enganemos. Mas ser uma das nações que mais "compraram o barulho" do 3×3 fez com que a FIBA olhasse para o Brasil com um olhar mais carinhoso, um olhar de quem tem em Carlos Nunes e de quem cuida do assunto na CBB aliados para as lutas que serão travadas com o Comitê Olímpico Internacional em muito breve.

Bradesco, Globo e Nike pagaram pelo convite. Carlos Nunes e seus diretos complementaram os trabalhos dando à FIBA o que ela queria ver: trabalho duro no 3×3. Neste caso, Nunes jogou o jogo direitinho.

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