O decepcionante começo de Bauru no NBB
Fábio Balassiano
13/01/2014 14h00
É óbvio que há alguns fatores que explicam a má fase técnica do time, que tem o segundo pior aproveitamento em bolas de dois pontos no NBB (49,2%) e a terceira defesa mais vazada (83,5/jogo) e a que menos força erros (12,1/jogo). Ter sido campeão Paulista, algo que o clube vinha batalhando há anos, tem forte influência. Jogar a Liga Sul-Americana (eliminado na terceira fase), também. A temporada começou, portanto, com muitas emoções, lesões (Larry e Murilo, duas das estrelas da companhia, voltaram apenas agora), forçou o time a embates duríssimos de cara e pode ser que os comandados de Guerrinha (com a saída de Régis Marrelli de São José, ele agora o único técnico a ter dirigido o mesmo time em todas as edições do NBB) tenham naturalmente baixado a guarda depois de terem conquistado o Paulista (algo bem natural, insisto).
Um dado que mostra como o controle emocional precisa ser reforçado é que, das oito derrotas da equipe no campeonato, 6 foram por seis ou menos pontos (nas quatro mais recentes, a diferença SOMADA foi de míseros 9 pontos, prova que os bauruenses têm tido dificuldade para fechar as partidas também). Outro é a queda de rendimento das principais estrelas do time. Ricardo Fischer, Gui Deodato, Murilo e Larry Taylor (foto à direita) caíram demais em pontuação do último NBB para este, como demonstra a figura abaixo.
A questão, que eu vejo agora, é que a má fase técnica e os resultados adversos deste começo de campeonato podem fazer com que o time não tenha o mando de quadra nos playoffs e/ou pegue uma tabela mais complicada na pós-temporada logo de cara. Para um elenco da força do que foi montado por Bauru, é um perigo duplo: para os adversários que estão no alto da tabela e também para os comandados de Guerrinha (um dos dois cairia precocemente no mata-mata).
Se abrir o olho agora, há boa chance de garantir boa posição no final da temporada regular. Se continuar rateando, os playoffs prometem ser animados para os bauruenses.
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