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Semifinais da LDB estão definidas

Fábio Balassiano

29/12/2013 01h15

Estão definidas as semifinais da Liga de Desenvolvimento. Às 17h jogam Minas x Pinheiros (dois dos maiores formadores de atletas do país), e logo depois, às 19h, Flamengo x Brasília (os dois vencedores do NBB – dois títulos rubro-negros e três da turma da capital). Vamos ao que vi neste sábado na Gávea, Rio de Janeiro.

1) Jogo incrível entre Ginástico e Brasília. Os mineiros precisavam ganhar de 14 pra avançar sem depender de resultado algum. Conseguiram essa vantagem a menos de 30 segundos do fim, mas levaram uma cesta e no ataque final erraram um passe. Vitória por 65-53 e vaga de Brasília na semifinal. O Ginástico, único time que não disputa o NBB, fez uma campanha belíssima, jogos duros em TODAS as fases e sai de cabeça mais do que erguida. A vitória de ontem foi grande, imensa, diante de um clube fortíssimo. Faltou um pouquinho para ser épica.

2) No jogo seguinte, o Minas viveu situação inusitada. Caso perdesse, estaria eliminado (Ginástico passava). Vencendo, primeiro lugar da chave. Por isso o nervosismo do time de Cristiano Grama desde o começo da peleja diante do Basquete Cearense, cujo técnico, Espiga, foi expulso após levar duas faltas técnicas logo no primeiro período. No fim, com 23 pontos de Danilo Fuzaro (foto à direita) os mineiros fizeram 66-59 e avançaram. Fuzaro é um grande jogador, hein. Bom ficar de olho. Jogando de armador (Coelho está machucado), ele consegue ser bom na distribuição de passes (seis assistências hoje) e agressivo para atacar a cesta. No final da partida conversei rapidamente com ele. Pareceu-me ter a cabeça no lugar, atitude bem positiva e muito foco nos próximos passos de sua carreira. Não gosto de cravar isso, mas saí da conversa com boa dose de otimismo quanto ao seu futuro profissional.

3) Na partida de 17h, São José e Pinheiros fizeram um jogo ruim, bem ruim. Mas o motivo foi um só, e não teve nada a ver com eles: a quadra estava absurdamente escorregadia. No último período, até 3 minutos do final, os atletas mal conseguiam ficar parados na quadra e o placar apontava 2-2. O jogo foi paralisado duas ou três vezes, mas voltou e deu andamento. Os joseenses precisavam ganhar de mais de 9, tiveram 15 de frente, mas coincidentemente depois da expulsão do técnico do Pinheiros, Brenno (ele disse impropérios para a arbitragem), o time da capital conseguiu reagir. Anotou 18 pontos em menos de três minutos marcando por pressão, roubando bolas, matando bolas de fora e reduzindo a vantagem. Chegou a ter chance de ganhar o jogo, mas acabou perdendo de 62-60 e se viu obrigado a torcer pelo Flamengo, que teria que vencer Bauru. Pinheiros, então, foi pra arquibancada torcer pelos rubro-negros no jogo de fundo. Sobre esta partida, duas coisinhas: a) não dá pra traçar qualquer comentário técnico/tático simplesmente porque não houve jogo (principalmente na segunda etapa) devido às péssimas condições da quadra – muito escorregadia, com atletas caindo direto, atuando com medo; b) por que diabos os atletas continuaram na quadra?

4) Devido ao problema relatado acima, Flamengo e Bauru começaram a jogar com mais de duas horas de atraso. Jogaram magnésio na quadra, uma outra fórmula química, refrigerante, outro líquido lá, o diabo (tanto que ela ficou como mostra a foto ao lado – divulgada pela equipe bauruense em seu Facebook). Mas não tinha jeito, não. Bauru não queria jogar (com boa dose de razão), alegando falta de condição e perigo para os atletas (chegou a ser cogitada a possibilidade de as duas equipes duelarem no domingo pela manhã – algo que seria péssimo não só para elas, mas também para o Pinheiros, que fora prejudicado horas antes). Paulo Bassul, Gerente Técnico da Liga Nacional, chegou a tentar uma quadra ali por perto, mas, sabe como é, já eram 21h de sábado e era difícil mesmo. Flamengo quis jogo, a Liga exigiu o começo, disse que se houvesse algum problema suspenderia o confronto e lá fomos nós para o começo da peleja. No primeiro lance, um atleta do rubro-negro escorregou, aumentando o temor (veja vídeo aqui). Mas, bem, a partida continuou. O Flamengo, mesmo classificado, jogou com uma vontade incrível, foi buscar o placar na partida inteira e acabou vencendo por 80-70 na prorrogação com ótima atuação de Douglas Correa (23 pontos). Importante falar sobre a atitude dos comandados de Paulo Chupeta. Poderiam se acomodar com a situação da quadra, pois já estavam classificados, mas foram lá, jogaram como nunca, correram, se mataram e foram recompensados. A única preocupação é com o cansaço da equipe, pois ela terá menos de 20h de descanso para o duelo semifinal contra Brasília neste domingo às 19h.

Algo a acrescentar? Alguém aí vai à Gávea neste domingo? Programação começa, com jogos de quinto ao oitavo, ao meio-dia. Jogos às 12h, 14h, 17h e 19h.

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