Eu não sei se um cineasta com foco em filmes de terror conseguiria escrever um roteiro melhor (no sentido de maldade) para o Brooklyn Nets nesta temporada. Disparadamente o time que mais investiu na NBA, os Nets perderam, de casa, Deron Williams, Paul Pierce e Andrei Kirilenko por lesões. Mas não era o suficiente. Nesta sexta-feira o pivô Brook Lopez (consistentes 20,7 pontos e 6 rebotes por jogo) pisou em falso e o diagnóstico veio ontem: ele quebrou o pé direito e está fora da temporada. Como diria o filósofo, nada é tão ruim que não possa piorar, não é mesmo?

É este o tamanho do buraco que o Nets, com 9-17 e duas derrotas seguidas (antes o time havia vencido três das últimas quatro), terá que lidar a partir de agora. Com Kevin Garnett cada vez mais em uma curva descendente em sua carreira (natural para um quase quarentão), o time terá que se habituar a jogar sem sua principal peça ofensiva no garrafão (principalmente no setor ofensivo). É mais uma peça do quebra-cabeça confuso e de 2 mil peças que o técnico Jason Kidd terá que tentar encaixar a partir deste domingo.

Para piorar as coisas, nas próximas seis rodadas vejam só quem o Brooklyn Nets enfrenta (os três primeiros em casa, e os demais fora): Indiana (hoje), Chicago, Bucks, Indiana, Spurs e Thunder (primeiro jogo de 2014). Dificuldade pouca é bobagem. Só faltou colocar o Miami ali no lugar do Bucks para tirar o sono de Jason Kidd de vez.

Fico imaginando quantos litros de refrigerante serão necessários para o técnico jogar na quadra nestes jogos sem Lopez e com Paul Pierce ainda voltando de lesão. A temporada do Nets, insisto, que era pra ser de disputa de título se configura cada vez mais na reedição doída e trágica da que foi a do Lakers na temporada passada – reforços, lesões, decepções e derrotas. O roteiro, aquele lá do filme de terror citado acima, é cruel pacas…