Fim de linha para este núcleo do Bulls?
Fábio Balassiano
18/12/2013 06h43
Um mês depois da nova lesão do camisa 1 os Bulls têm 9-14 (3-10 depois da lesão de Rose, portanto), enfrentam hoje o Houston e amanhã o Oklahoma City Thunder – ambos fora de casa – e o cenário está longe de ser animador apesar de, no Leste, uma vaga nos playoffs ser possível mesmo com uma campanha tão ruim assim. Cheguei a escrever sobre o que aconteceria com o Chicago e com Derrick Rose aqui, mas confesso que está difícil de entender o que se passa na cabeça dos dirigentes de lá. Embora os desfalques sejam sentidos por serem bastante recorrentes e a defesa continue sendo o ponto forte da casa (é a segunda melhor de toda NBA), o ataque não se emenda e mal consegue marcar 90 pontos por jogo (é o terceiro pior da liga).
O time chegou a mandar o armador Marquis Teague para a D-League, mas logo depois o chamou de volta (ele mesmo não entendeu o porquê de ter sido enviado pra lá, já que com a lesão de Rose poderia aparecer mais). Demitiu, no começo da semana, o veterano Mike James e aí imaginei que Teague teria, enfim, mais espaço na rotação, já que, além de D-Rose no estaleiro, Kirk Hinrich está às voltas com lesões. Mas aí o que fez o Chicago? Contratou o não mais que razoável DJ Augustin, que chegou, pegou uniforme, ouviu duas ou três broncas do técnico Tom Thibodeau e foi pra partida de segunda-feira contra o Orlando para ganhar (pasmem!) 37 minutos. Os Bulls perderam do Orlando por 83-82, o United Center vaiou o time, que chutou 34%, e no final do jogo John Paxson, gerente-geral, confessou que precisava refletir no que estava acontecendo.
Se tivesse que fazer alguma limpa, aliás, era bom o Chicago começar por agora. Luol Deng será agente-livre ao final dessa temporada e tem mercado nos times que ou brigam por título ou aceitam um contrato expirante. Carlos Boozer e Joakim Noah têm contratos mais longos e excelente aceitação no mercado, mas todo mundo sabe que a central questão em relação a dar um fim neste núcleo ou não chama-se Derrick Rose.
Esta temporada já era pros caras, não sejamos levianos de achar o contrário. Que o time concentre esforços em recuperar Rose, trocar por algum pick no Draft que vem por aí e quem sabe em achar alguma negociação de última hora com algum desesperado. Deste canto aqui eu não acho que é hora de apertar o botão do rebuild em Chicago. É um dos elencos mais bacanas de se ver em quadra, um técnico absolutamente competente e uma ótima combinação de técnica (Rose, Deng) e força física (Boozer, Noah e Butler) para, quem sabe, desafiar Indiana e Miami no próximo ano.
Concorda comigo, ou acha que esta turma aí de Chicago já está na hora de procurar novos ares? Comente!
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