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Indiana vence e expõe única deficiência do Miami

Fábio Balassiano

11/12/2013 09h40

Não é fácil encontrar um problema no timaço do Miami. Os caras são bons em praticamente tudo – arremesso, controle de bola, defesa, chutes de perímetro, potencial físico. Por isso são os atuais bicampeões da NBA, né. Mas tem uma coisinha que o time de Erik Spoelstra nunca se deu bem quando joga contra: equipes que possuem boas opções de garrafão para pontuar trazem problemas para o Heat desde que a formação sem um pivô de ofício foi moldada por Spo.

E na NBA atual, cada vez mais jogando com quatro jogadores abertos em volta da linha de três e apenas um gigante, isso é uma grande vantagem para o Miami. Só esqueceram de avisar isso ao Indiana Pacers, que joga um basquete à moda antiga (Old-School, como dizem os norte-americanos), quase sempre com dois pivôs povoando o garrafão e pontuando bastante com seu trio formado por Luis Scola, David West e Roy Hibbert (34,3 dos 97,7 pontos da franquia saem deles). Por isso estava curioso para ver, na noite de ontem, ao primeiro duelo das duas equipes desde a decisão do Leste da temporada passada (4-3 para a turma da Flórida).

Indiana e Miami, que provavelmente farão a final do Leste daqui a alguns meses (o Chicago está capenga, e o Knicks e o Nets não se emendam de jeito nenhum…), protagonizaram uma das melhores partidas da temporada. No primeiro tempo, o Heat fez uma marcação feroz em Paul George (foto à direita), que teve 5 desperdícios de bola e nenhum arremesso convertido em quatro tentativas. Venceu por 47-40 e poderia ter aberto ainda mais diferença.

No segundo tempo, porém, tudo mudou. Alertado por Frank Vogel que a marcação dobrava nele a todo instante, a alternativa foi rodar a bola rapidamente. Sem levar a bola para o campo de ataque, onde era facilmente abatido por marcadores do Miami, George recebeu a bola menos vezes, mas quando o fez passou a alimentar Roy Hibbert (foto à esquerda), que estava sendo marcado por Chris Bosh em alguns momentos e em outros até mesmo por LeBron James, West e (um pouco menos) Luis Scola. Hibbert pontuou como se não houvesse amanhã (10/15 nos chutes e 24 pontos), West também fez a festa com 17 pontos, e o argentino saiu-se com 7.

Sem poder liberar tanto a marcação no garrafão depois dos 28-17 no terceiro período, o Miami congestionou a zona pintada com Chris Andersen, mas acabou abrindo outro espaço – o de Paul George para os chutes longo. No segundo tempo o camisa 24 teve 15 de seus 17 pontos (4/7 nos arremessos) e deu as suas quatro assistências (todas, justamente, para os homens de garrafão). Com isso o Indiana passou pelo Miami por 90-84 e contou com 48 pontos de seus gigantes (mais da metade, portanto), manteve a melhor campanha da NBA e mostrou que realmente vem forte para brigar pelo título desta temporada.

Mas não mostrou só isso, não. Foi apenas o primeiro round de uma batalha que vai durar até junho de 2014, mas o Indiana Pacers expôs ao Miami ontem à noite a sua única deficiência – como, para o Heat, é difícil defender dois jogadores que sabem pontuar perto da cesta. Não existe time perfeito na história da NBA, e ter um problema não é decididamente o fim do mundo para o Miami ou qualquer outra equipe, é bom dizer.

Se o que o Indiana expôs ontem à noite significará alguma coisa para os playoffs ainda é difícil dizer, mas que os Pacers têm uma estratégia boa de enfrentar o Miami, isso é inegável. Abaixo os melhores momentos da peleja!

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