Após placar elástico, a dúvida: vale colocar qualquer time na LBF?
Fábio Balassiano
09/12/2013 11h30
Depois da edição vexatória de 2012/2013 (sete clubes, começo com atraso, sem returno, playoff em melhor de três jogos e nenhum atrativo), o senso comum é que a quarta edição da LBF realmente tinha evoluído. E de fato tinha. Dois novos patrocinadores chegaram, Hortência (foto à esquerda) assumiu a direção prometendo arejar as ideias ao lado do presidente Marcio Cattaruzzi (foto à direita), oito times confirmaram a participação e um Jogo das Estrelas foi programado. Foi um alento.
O problema, e isso já estava sendo alertado por mim no Twitter e Facebook do Bala na Cesta, é que nem todos os clubes que queriam jogar a Liga podem jogar a Liga. Nada contra a cidade de Brasília, que tinha tudo para, na esteira do sucesso do time masculino, fazer um barulho bacana na LBF, mas é inadmissível que alguém que jogue na elite de uma competição de basquete faça 18 pontos (sendo em um período de 10 minutos, o último, nenhum – sim, 0 ponto). Mas não é surpresa: quando faltavam 15 dias pra começar o campeonato a agremiação brasiliense não tinha nem ELENCO e COMISSÃO TÉCNICA formadas. Nenhuma surpresa quando se vê um mico como o de sábado então, né.
Por mais bacana que seja ter uma nova praça no basquete feminino do país cada vez mais centralizado em São Paulo (o que é péssimo!), não vale a pena abrir tanto a guarda assim apenas pelo prazer de dizer "ah, temos quatro estados participando da competição". O crivo precisa ser alto, por mais em baixa que esteja a modalidade das mulheres deste país e principalmente porque não há qualquer ganho em ter um time apenas por ter.
Meus sinceros respeitos às meninas de Brasília, que lutam e ainda jogam basquete porque amam a modalidade, mas não dá pra valorizar um produto que tem um time que faz 18 pontos em uma partida oficial.
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