Invicta, Americana é campeã Paulista
Fábio Balassiano
25/11/2013 15h20
É fundamental valorizar o trabalho feito por São José, que tem investido pesado no basquete feminino de uns tempos pra cá, e sobretudo parabenizar Americana, certamente o polo mais importante para as meninas da modalidade. Quem já foi até lá, quem já pisou no Centro Cívico conhece a seriedade do trabalho e a atenção que não só os técnicos, mas a cidade como um todo, dispensam às meninas.
Meu único ponto de preocupação vai de novo para o nível técnico. Quase ninguém viu nada, mas do pouco que eu vi não gostei, não. Os fundamentos (os mais básicos – passes, arremessos, dribles, rebotes) estão terríveis, terríveis mesmo. Com isso, as partidas ficam feias, mal jogadas, duras de assistir até para quem, como eu, ama o basquete feminino.
Não é à toa que apenas UMA das 15 partidas da semifinal em diante teve algum dos times marcando mais de 80 pontos (foi justamente Americana contra Ourinhos). O recado é claro: os times estão amassando o aro, maltratando a bola, jogando absurdamente rápido e sem pensar. Nos três jogos das finais, onde deveria se ver o melhor basquete, houve 25,8% de acerto nas bolas de três pontos, 34 erros por partida (fundamentos, fundamentos, fundamentos) e média de 63,8 pontos por equipe (baixíssimo índice).
Ficam os parabéns para Americana, Vendramini e para as meninas de São José, mas ao mesmo tempo outro sinal de alerta de que o basquete feminino precisa repensar sua forma de atuar, sua forma de jogar.
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