Único invicto, Indiana impressiona e promete brigar pelo título do Leste
Fábio Balassiano
07/11/2013 11h27
Está bem claro: temos um timaço no Leste. Um timaço com T maiúsculo mesmo, daqueles que se pode confiar realmente. Apenas lembrando: o armador titular, George Hill, está lesionado e não atuou. Contratado para dar uma força no banco de reservas, Chris Copeland ainda parece perdido no sistema de defesa forte e troca de passes constante de Vogel – ontem só jogou um minuto. Danny Granger, que deveria comandar os suplentes, segue lesionado.
Não é surpresa, portanto, que os Pacers sofram absurdamente nos segundos períodos das partidas (que é quando os reservas jogam muito tempo). O banco do Indiana responde por apenas 20,8 dos 95,4 pontos da equipe (pior marca da NBA e índice baixíssimo de 21,8% da pontuação total) e faz com que o time seja o pior em segundos quartos de toda a liga com 16,4 pontos. Foi assim, ontem, que os Bulls conseguiram virar o jogo antes do intervalo com os 24-12 e parece que será sempre assim enquanto Granger e Hill não estiverem a disposição. Para ser justo, Luis Scola jogou 16 minutos ontem e, de forma tranquila, foi ótimo com 12 pontos (6/8 nos arremessos).
Dono da posição de ala-armador, o atlético ala, em seu quarto ano na liga, continua sendo ótimo na defesa, mas conseguiu evoluir assustadoramente em seu ataque. Basicamente com a mesma quantidade de minutos da temporada passada (29,2 para 35,8), Lance saltou de 8,8 pontos para 16,4 (quase o dobro, portanto), mantendo o bom aproveitamento nos arremessos de quadra (de 46% para 47%) e sendo muito mais efetivo nos tiros longos. Se no campeonato passado ele arriscava 2,4 vezes para converter 0,8 (aproveitamento de 33%), no certame atual, mais confiante e com mecânica mais bem treinada, o terceiro menor salário do time (US$ 981 mil e último ano de contrato) tenta 5,2 vezes de longe e converte 2,8 (ótimo índice de 53,8%). Além disso, são 6,2 rebotes e 4,6 assistências, melhor marca da equipe. Não resta dúvida que temos uma evolução monstruosa por aqui.
O grande líder de Vogel em quadra quando o assunto é marcação chama-se Roy Hibbert, pivô que melhorou demais seu jogo ofensivo desde que chegou à liga mas cuja força defensiva realmente chama a atenção. Jogando nesta quarta-feira contra Joakim Noah, outro dos bons pivôs da NBA, ele teve ontem 10 rebotes (5 ofensivos), 5 tocos e um roubo de bola. Na temporada seus números são de 5,2 tocos por noite (lidera a liga, obviamente) e 9 rebotes em apenas 29,2 minutos por jogo.
Se no campeonato passado eles já levaram o Miami a sete jogos (às vezes é bom lembrar disso), mais reforçado e maduro este Indiana pode fazer um estrago ainda maior. Se vai fazer é impossível dizer, mas é bom manter os olhos bem abertos com um time tão, tão bom como este.
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