A volta de Vendramini, 15 anos depois do primeiro título Nacional feminino
Fábio Balassiano
30/10/2013 11h45
O técnico daquele timaço (Cintia, Jaqueline, Fabianna, Silvinha, Vedrana, Marta, Vicky Bullett) era Antonio Carlos Vendramini, e aprendi a admirá-lo silenciosamente nos jogos nas Laranjeiras e no Tijuca. Foi aquele time que me fez passar a acompanhar o basquete feminino com mais força, mais entusiasmo. Tinha 15 anos, não entendia quase nada, mas gostava de ver a calma dele no banco, a sobriedade e a alegria quando tudo parecia sair corretamente.
O time do Flu acabou no dia seguinte a conquista do título, Vendramini foi pra Ourinhos, conquistou mais dois Nacionais da CBB e depois deu uma sumida do mapa. Tentou emplacar um projeto em Marília, mas não vingou muito (se não me engano lá foi o primeiro time da cubana Ariadna no país). Encontrei com ele no Mundial de Clubes em Barueri e ele me disse que estava com bons pressentimentos que coisas boas surgiriam.
Independente do resultado, é ótimo tê-lo de volta, é ótimo ver Antonio Carlos Vendramini de volta ao cenário de um basquete feminino que teima em esconder quem tanto fez pela modalidade. Vendramini é um dos mitos do esporte desse país e merecia uma nova chance – nem que esta seja para fechar a sua carreira com a dignidade que merece. Sorte para ele em Americana.
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