Trevor Ariza fala sobre título do Lakers em 2009 e mira playoff com Wizards
Fábio Balassiano
11/10/2013 07h13
BALA NA CESTA: O que é possível esperar desse time do Washington nessa temporada? Vocês são apontados por alguns analistas como a possível surpresa do Leste.
TREVOR ARIZA: A verdade é que temos peças muito talentosas. Sabemos que podemos incomodar e jogar duro contra todas as equipes da liga. Mas, para isso, é preciso jogar como um grupo, jogar realmente como uma equipe e jogar duro, jogar pesado. Se fizermos isso, podemos brigar por playoff, podemos fazer coisas realmente boas. Se você olhar pro nosso elenco (Wall, Beal, Nenê, Okafor e os outros garotos) não diria que tivemos apenas 29 vitórias na temporada passada.
ARIZA: Kobe é um dos melhores atletas que o basquete verá em toda a sua história. Isso é um fato. Seu sentimento de querer sempre evoluir é admirável, e ter atuado a seu lado foi uma honra. Sobre Phil Jackson, é certamente um dos melhores técnicos e um dos melhores professores que tive na vida. É excelente não só como treinador de basquete, mas principalmente como um cara que te ensina muita coisa fora da quadra. Nunca vou me esquecer dos livros e das lições que ele me deu.
BNC: Eu olho pra você hoje, aos 28 anos, e é impossível não perguntar por que você não ficou no Lakers depois de ter conquistado o título de 2009. Já pensou que poderia estar lá até hoje?
ARIZA: (Ele dá um riso) Você é torcedor do Lakers?
BNC: Digamos que é o time que torcia antes de começar a escrever. Por que?
ARIZA: Porque é algo que ouço toda vez que falo com alguém que lembra bastante daquela temporada de 2009. Significa que fiz algo de bom, não?
ARIZA: Não me arrependo de nada em minha carreira. Olha, cara, quando você entra na NBA os sentimentos acabam ficando um pouco de lado, as emoções a gente acaba esquecendo. Ganhar um campeonato tendo um papel importante foi uma das melhores sensações que tive na vida, mas depois disso houve uma oportunidade (de assinar com o Houston), acabei aceitando e não me arrependo. Nem tudo no basquete profissional sai como a gente gostaria. Obviamente que jogar em um time ganhador, que vai sempre ao playoff e que depois ainda ganhou de novo (do Boston, em 2010) é ótimo, mas eu não posso reclamar de nada. Estou nessa liga há quase uma década e jogar neste time renovado do Washington dá um prazer imenso também.
BNC: Pouca gente sabe, mas você é filho de uma dominicana e teve a chance de jogar pela seleção da República Dominicana. Como foi essa história?
ARIZA: É verdade. Minha mãe é dominicana, falo até um poquito de espanhol, mas quando surgiu esse convite a USA Basketball também me chamou e acabei topando treinar com o time dos Estados Unidos em 2009. Foi outra grande experiência.
ARIZA: É um país maravilho, todo mundo já tinha me dito isso. A paisagem é linda, tudo é muito bonito. Vamos ver se conseguimos aproveitar um pouco a paisagem e o que mais der tempo.
BNC: Mulheres?
ARIZA: (Risos) Não, não. Somos um time muito família (risos). De todo modo, você me verá aqui no ano que vem para a Copa do Mundo. Quero muito acompanhar os jogos de futebol por aqui.
BNC: Me disseram que você torce pela Argentina. É verdade?
ARIZA: Não pegaria bem eu dizer isso aqui no Brasil, né. Sou um admirador do futebol. Não entendo muito, apenas gosto. Venho pelo esporte e pelo evento.
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