No primeiro dia no Brasil, a força do produto NBA
Fábio Balassiano
10/10/2013 00h28
No começo da tarde fui a Gávea, e vi no ginásio do Flamengo o pandemônio (no bom sentido) que foi formado pela imprensa para cobrir o primeiro treino oficial das duas equipes (Washington Wizards e Chicago Bulls). Derrick Rose e Nenê, os mais assediados, tinham, brincando, 40, 50 jornalistas a cercá-los para a entrevista coletiva (e bota coletiva nisso).
Para ser sincero, é demasiadamente difícil separar a emoção em um momento desses (pra quem ama basquete, é irado demais ver os jogadores que você acompanha, suga estatísticas, vira noites por causa no League Pass a cinco metros de distância e podendo entrevistá-los). Pensando nisso, decidi não arriscar nas aglomerações, procurando papos mais longos e com menos gente em volta. Acabei dando sorte, pois pude conversar sozinho e de forma longa com Tom Thibodeau, técnico do Chicago que, ao contrário do espírito alucinado na beira da quadra durante os jogos, foi bem simpático e demonstrou um orgulho grande em poder fazer parte do primeiro jogo da NBA na América do Sul (falou também que o "ginásio do Flamengo lembrava os mais antigos dos Estados Unidos, onde ainda se faz basquete na essência, com paixão").
Foi a primeira prova da força da melhor liga de basquete do mundo. Hoje tem mais (o Dia do Fã, na HSBC Arena, às 16h, é a principal atração), e até sábado certamente o volume de informações tende a aumentar.
Não dá pra dizer que a vinda de Chicago e Washington fará o basquete do Brasil renascer (longe disso), mas que a aguardada chegada da NBA ao país dá uma revigorada em quem cobre o esporte e em quem acompanha os campeonatos nacionais (quase sempre com nível técnico ruim e entretenimento quase beirando o zero), isso também é um fato.
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