Após péssimo 1o tempo, Brasil perde de Cuba na Copa América
Fábio Balassiano
28/09/2013 00h08
Antes de falar das coisas ruins, vale destacar mais uma atuação magistral de Adrianinha (foto à esquerda). Mal no primeiro tempo como todas as meninas do Brasil, a experiente armadora de 34 anos somou 15 pontos e 7 assistências, sendo a grande responsável pela reação na segunda etapa (pena que errou o arremesso que daria a liderança nos segundos finais para consumar uma performance sensacional). Damiris também foi bem com 10 pontos e cinco rebotes.
Bem, já podemos começar com as críticas (e serei leve, porque não caberia aqui o mundo de críticas que o time brasileiro merecia). Em primeiro lugar, é inadmissível fazer 21 pontos em 20 minutos de jogo no primeiro tempo para qualquer seleção adulta. Depois, foram 9 erros em 20 minutos, que geraram 12 pontos fáceis para as cubanas, que nem fizeram muita força para pontuar na peneira que foi a defesa brasileira na primeira etapa. Além disso, fiquei chocado com a facilidade com que as adversárias pegaram rebotes ofensivos (foram, ao todo, 17, mais do que o dobro do Brasil – Clarissa e Nádia conseguiram perder esta batalha para Cepeda e Noblet, reflitam sobre isso imediatamente, por favor…), com a insistência de Karla nos chutes longos e no jogo de correr-sem-pensar-a-qualquer-custo (6 erros em 8 arremessos tentados e 2 desperdícios de bola em 19 minutos) e com a falta de fogo de Tatiane para assumir o jogo (ela estava bem, batia a marcação cubana facilmente e poderia ter chamado mais a responsabilidade pra si). O técnico Zanon foi mal no primeiro tempo, ousado no segundo para marcar por pressão, mas manteve o sistema de trocas, trocas e mais trocas na bola mesmo quando Alberto Zabala (ótimo técnico cubano) colocou duas meninas abertas para conter a pressão brasileira, liberando seu time para sair bem com a bola e cruzar o garrafão em bandejas fáceis (foram seis pontos assim, tranquilos, em um momento crucial do jogo).
O momento, neste sábado, é de esfriar a cuca e bater Poro Rico, adversário facilmente abatido na primeira fase. É uma vaga no Mundial, a última vaga, e a seleção não pode vacilar.
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