Um dos melhores jogadores da história, Kobe Bryant (foto) completa 35 anos nesta sexta-feira (por coincidência, mesmo dia em que o Brasil venceu os Estados Unidos no Pan-Americano de 1987 – logo Kobe, tão fã de Oscar Schmidt…). E ontem, ao ler o ótimo texto do companheiro Gustavo Faldon (aqui), fiquei me perguntando como serão os próximos anos do camisa 24 do Los Angeles Lakers na NBA.

Kobe, que ganhará o maior salário da NBA na próxima temporada, havia dito no meio do campeonato passado, que 2013/2014 poderia ser sua última dança, mas pelo que li recentemente nos jornais de Los Angeles os Lakers já entraram em conversas com o craque para renovar por mais dois ou três anos, o que faria com que o ala fechasse a tampa de sua carreira na NBA com 38, 39 anos e cerca de 1.700 jogos disputados, um absurdo (hoje são 1.459, contando fase regular e playoffs).

Que ele vai quebrar mais alguns recordes (deve passar Michael Jordan na lista dos maiores pontuadores da história da liga), isso me parece claro e é ótimo que possamos ver isso. Mas será que sua obsessão pelo sexto anel de campeão será saciada com a conquista de novo troféu? A julgar pelo time atual que os Lakers têm, por Mitch Kupchack no comando do time fora de quadra e de Mike D'Antoni dentro dela, a resposta é não – e muito não.

Ainda se recuperando da lesão do tornozelo que o afastou no final da temporada regular do campeonato passado, Kobe sempre insistiu que o time deveria se reforçar com nomes mais novos, com potencial físico e capazes de defender com correção. Não foi isso o que aconteceu, e a tendência é que os Lakers sofram horrores pra entrar nos playoffs, e não para ganhar por lá (tem gente até que diga que nem na pós-temporada os primos ricos de LA irão…).

Para o próximo ano, é bem difícil desvendar o mistério sobre o que acontecerá, mas a não ser que LeBron James ou algum astro atravesse o país para se juntar a Kobe Bryant eu sinceramente acho bem difícil que Kobe consiga colocar o sexto anel de campeão em sua mão. Os Lakers, hoje, são velhos, sem perna e com elenco reduzido. Isso não sou eu quem digo. É o próprio camisa 24. E com essa combinação explosiva a gente sabe que ninguém ganha título da NBA. Nem Kobe, Jordan, LeBron ou Magic sozinhos. Logo…

Que saibamos aproveitar os últimos momentos deste gênio com o que Kobe tem de melhor: a nobre arte de jogar basquete com plasticidade. As vitórias, no entanto, talvez não venham com a frequência que ele deseja.