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A freguesia em números: todos os desempenhos de Luis Scola contra o Brasil

Fábio Balassiano

12/08/2013 00h42

Luis Scola é um dos melhores alas-pivôs da história do basquete não-NBA. Seu currículo fala por si, sua técnica chama a atenção, sua habilidade é reconhecida na Europa e na liga norte-americana. E também é inegável que seu principal alvo é a seleção brasileira, derrotada muito por causa dele na noite de ontem em um vazio ginásio Newton de Faria por 85-80 na final do Super 4 de Anápolis com 26 pontos do camisa 4 da Argentina.

Preocupou-me menos o desempenho do time de Rubén Magnano (desfalcado, torneio amistoso, tensão pré-cortes) e muito mais a história que tem se repetido nos últimos 11 anos todas as vezes que Brasil e Argentina se enfrentam: entra técnico, sai técnico, entra jogador, sai jogador e ninguém consegue segurar Luis Scola no garrafão – ou fora dele, visto que ele tem se aprimorado cada vez mais em chutar distante da cesta. Gênio na arte de fazer o pick-and-roll com seus armadores (primeiro com Pepe Sanchez, ultimamente com Pablo Prigioni e agora com Facundo Campazzo e Nicolas Laprovittola), Scola se refestela toda vez que vê uma camisa da seleção brasileira pela frente. Quer ver um exemplo? Dá só uma olhada (vídeos do jogo que ele fez 37 no Mundial de 2010).

Quer outro? Final do Pré-Olímpico de Mar del Plata, 32 pontos de Scola.

Bem, aí eu me aproveitei da insônia deste momento e fiz um apanhadão geral do que este rapaz de 2,06m representa para o basquete brasileiro quando o jogo vale, vale mesmo – de Pré-Mundial a Mundial, de Pré-Olímpico a Olimpíada. Tem tudo aqui abaixo, e é um horror danado ver isso, posso garantir a vocês. Tem a competição, os pontos de Scola, os arremessos, o % de seus pontos em relação ao total do time, rebotes, se a Argentina estava ou não completa e os resultados dos jogos (cliquem na imagem para ampliar o sofrimento).

Luis Scola jogou nove vezes contra a seleção brasileira em eventos importantes (os que citei acima), tendo vencido sete vezes e perdido duas (a mais relevante foi no Pré-Olímpico de 2011, em Mar del Plata). Até o presente momento o craque tem 21,7 pontos, anormais 56% no aproveitamento de arremessos, 6,6 rebotes e assustadores 27% dos pontos totais dos hermanos quando do outro lado está o Brasil.

Aos 33 anos, e tendo atuado contra quatro técnicos brasileiros (Hélio, Lula, Moncho e agora Magnano) e inúmeros jogadores de garrafão (Splitter, Giovannoni, Varejão, Hettsheimer, Nenê, Murilo, Caio Torres…), fica difícil acreditar que algum dia o Brasil terá resposta para os picks de algum armador hermano com Luis Scola.

O cara é um gênio do basquete, isso é um grande fato. Azar dos jogadores da seleção brasileira é que escolheu fazer o Brasil como sua principal vítima. Os caras até tentam, mas parece impossível deter Luis Scola. Para os hermanos, é muito simples: na dúvida, bola no Scola que ele vai decidir os clássicos. E ele decide mesmo.

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