Caro ou barato? Uma análise sobre o preço dos ingressos do jogo da NBA no Brasil
Fábio Balassiano
31/07/2013 11h40
Em primeiro lugar, é importante deixar uma coisinha bem clara. Ontem falei aqui sobre o escárnio que é o preço de um jogo da seleção brasileira em Anápolis, e muita gente pode pensar que, até pelos valores serem parecidos, o raciocínio se aplicar aqui também. Não, não tem absolutamente nada a ver. A Confederação deveria se preocupar em massificar o esporte, em desenvolver a modalidade. Essa é sua principal e primeira preocupação no país. A NBA, por sua vez, é uma entidade profissional que é gerenciada por clubes e que precisa arrecadar dinheiro, muito dinheiro. Não é porque ela quer ver a China jogando cada vez mais basquete que todo ano os times vão pra lá. É porque há um potencial de consumo incrível no gigante asiático e quanto daquela grana chinesa será destinada a produtos da liga norte-americana. Feito isso, vamos lá.
Insisto nesse ponto: a NBA e a IMX não estão trazendo um jogo de pré-temporada para o Brasil para popularizar o esporte, algo que ela acaba até tangenciando em suas ações para ter um mercado maior (mas ela mesma sabe que esta não é a sua principal atribuição por aqui). É negócio, e como toda empresa deve primar primeiro pela satisfação de seu cliente final e pelo lucro (ou vocês ainda não pensaram que a Argentina possui Manu Ginóbili, tricampeão da liga, e sequer foi cogitada pra receber a partida porque passa por uma situação econômica lamentável). Não há ingresso baratinho, não é um post bonitinho, mas é a verdade e a realidade de um mercado absurdamente bem administrado (o mercado esportivo dos Estados Unidos).
E se o objetivo é estritamente profissional, a NBA e a IMX devem tentar lucrar horrores com o jogo e todo o entorno que cerca o evento – compra de ingressos, roupas, acessórios etc. . É uma aula não só de basquete, mas principalmente de gestão esportiva.
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