Após dispensa de Warriors, a hora de Scott Machado repensar suas escolhas
Fábio Balassiano
25/07/2013 11h30
E é bem por aí mesmo. A carreira de qualquer jogador de basquete é uma montanha-russa, pra usar um termo que Scott usou, danada, e ele parece ciente disso. Mas "só" isso não basta.
Falar de longe é complicadíssimo, obviamente, mas nas poucas vezes que conversei com Scott ele sempre colocou como prioridade absoluta em sua vida jogar na NBA. É até meio óbvio, né: sua família vive nos Estados Unidos, ele foi criado lá e é a melhor liga do mundo.
Por isso, ao menos pra mim, fica a pergunta: por que diabos o armador não vai tentar sua vida jogando em outras bandas? Seria bacana demais tê-lo aqui no NBB, onde corre-se muito e pensa-se pouco em quadra, mas sinceramente seu jogo cerebral combina bastante com a Europa. Indo pra lá, em um time de ponta, poderia ser uma forma de atrair mais atenção dos times da NBA do que ralar e rodar pela D-League como muitos fazem há anos – e sem recompensa alguma nos anos seguintes.
Quem sabe pegar um clube grande no velho mundo, que lhe dê espaço, tempo de quadra e confiança (escassos na última temporada) pode fazer com que Scott Machado tenha uma chance verdadeira no melhor basquete do mundo. A máxima do "dar um passo atrás pra, depois, dar dois pra frente" vale muito por aqui. Dar murro em ponta de faca e ficar pulando de galho em galho com contratos não garantidos e "esquenta-banco" apenas pra ter o carimbo "ah, eu jogo na NBA" não faz muito sentido – e é muito pouco pra alguém do seu talento.
Pode ser um bom momento pra ele rever seus conceitos, repensar suas escolhas e se fortalecer neste difícil momento.
Concorda comigo? Comente!
Sobre o blog
Por aqui você verá a análise crítica sobre tudo o que acontece no basquete mundial (NBB, NBA, seleções, Euroliga e feminino), entrevistas, vídeos, bate-papo e muito mais.