Assim como fiz com o Ministério do Esporte (link aqui), através de extensa e detalhada entrevista com o Secretário Ricardo Leyser, fui procurar saber do Comitê Olímpico Brasileiro o que Carlos Arthur Nuzman (foto) e companhia o que eles estão achando da situação financeira (pra mim temerária) e da administração (idem) da Confederação Brasileira de Basketball nos últimos anos. Enviei basicamente as mesmas perguntas que fiz ao Ministério, e recebi o seguinte (e bem educado) e-mail do COB.

"A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) presta contas regularmente dos recursos que recebe do COB oriundos da Lei Agnelo/Piva, não havendo pendências por parte da Confederação. Ressaltamos que este é o único tipo de recurso que o COB repassa às Confederações Brasileiras Olímpicas.

O modelo de repasse dos recursos da Lei Agnelo/Piva, baseado em critérios técnicos/esportivos/administrativos e de prestação de contas ao COB, é seguido por todas as Confederações, cabendo ainda ao COB submeter todas as informações ao crivo do TCU e da CGU, o que é feito de forma permanente. Vale ressaltar que os recursos da Lei Agnelo/Piva só podem ser utilizados pelas Confederações após os projetos serem apresentados e aprovados pelo COB,  modelo este que impede o pagamento de dívidas contraídas fora do escopo para utilização desses recursos.

De acordo com seu estatuto, o COB não tem poder de intervir nas Confederações. Estas têm sua autonomia garantida pela Constituição e possuem Assembleias e tribunais próprios, que devem analisar e julgar a gestão das respectivas Confederações, incluindo a análise de balanços financeiros.

Por fim, o COB acredita que a CBB vem trabalhando intensamente pelo desenvolvimento do basquete no Brasil, com resultados expressivos, como o retorno da Seleção Masculina aos Jogos Olímpicos e a boa campanha realizada em Londres 2012. Diante disso, o COB reitera o apoio à CBB e está certo de que o basquete brasileiro contribuirá para a boa performance do Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016".