Em ação inédita, Banco Itaú processa Confederação e coloca presidente Carlos Nunes como réu
Fábio Balassiano
05/07/2013 01h20
Pelo que se encontra no site do TJ, a ação fala em "Mandado de Execução Quantia Certa Devedor Solvente", "Cédula de Crédito Bancário" e "Cite-se a parte executada para efetuar o pagamento do débito exeqüendo". Não é possível concluir os motivos do processo em si, e nem o valor pedido pelo Itaú, mas vale lembrar que a Confederação Brasileira de Basketball contraiu dívidas com o Banco em 2010 (ler aqui o balanço financeiro divulgado por mim em 2011) no valor de mais de R$ 2 milhões, com juros superiores a 10% ao ano, para ser pago até 2017.
Caso seja condenada na última instância a pagar ao Banco Itaú, a Confederação ficará ainda mais asfixiada economicamente. Só lembrando (veja mais aqui, aqui e aqui): o ano de 2011 terminou com uma dívida de R$ 7 milhões, um aumento de 39% em relação a 2010. O de 2012 fechou com R$ 8,8 milhões de dívidas, um crescimento de R$ 1,8mi em relação ao ano anterior, ou 25,7%. E é sempre bom lembrar que a entidade máxima do basquete brasileiro é erguida com dinheiro público, muito dinheiro público. Em 2011, a receita total chegou a R$ 25,2 milhões. Em 2012, andou de lado, com R$ 25,7 milhões. Em 2013, a receita da Eletrobrás diminuiu, mas a CBB receberá cerca de R$ 14,8 milhões do Ministério dos Esportes para investir nas seleções de base e adulta.
Procurado por este blog, o Banco Itaú não quis se pronunciar embora obviamente reconheça a ação. A Confederação Brasileira de Basketball, por sua vez, disse que o assunto já está sendo tratado pelo Departamento Jurídico da entidade e nos próximos dias será solucionado.
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