As perguntas ainda sem resposta sobre o balanço financeiro da Confederação Brasileira
Fábio Balassiano
27/06/2013 15h00
Abaixo, depois das análises, deixamos, professor Scarpin e eu, algumas perguntas que ficam sem resposta quando se olha para um lacrimejante Balanço Financeiro como este (todas elas foram encaminhadas à CBB na manhã desta sexta-feira para resposta – algo que não acredito).
1) Que fim deu a glosa do ano passado. Já estamos em junho de 2013. Algo já foi resolvido?
2) No ano de 2012, um valor me saltou aos olhos. Há R$ 590.791 referentes ao projeto "Campeonato Nacional Feminino de Basquete", competição que já não é mais organizada pela CBB. E tal valor repete o ano de 2011, o que pode levar à conclusão de que não foi feita prestação de contas. Entretanto, como não há abertura maior sobre a razão pela qual o valor ainda permanece no balanço, não podemos fazer afirmação nenhuma neste sentido. Que fim deu isso?
3) Quais competições nacionais a CBB financia que gastou mais de R$ 5 milhões em 2012?
4) Para uma entidade que fechou o ano de 2011 com dívida de R$ 7 milhões, como explicar o crescimento dos custos administrativos sem nenhum projeto relevante para o basquete nacional? E por que esse crescimento foi tão alto, de 100% em 3 anos?
6) Existe uma conta chamada convênios. O valor dela foi de zero em 2010, R$ 1.495.667 em 2011 e zero em 2012. Que convênio foi este?
7) O que explica o aumento da dívida da entidade? Como a Confederação conseguiu contrair tamanha dívida com um orçamento tão grande assim? As receitas aumentam ano a ano – e o déficit também…
8) O que houve com os Centros de Basquete Integrados? Foram fechados? Sobre o Centro de Basquete Integrado (segundo a CBB são centros para incentivar a prática do basquete): redução de 48% de 2012 para 2011, com um gasto total de R$ 290.525, o que dá R$ 24.210 mensais para todos os centros. O gasto com esses centros foi reduzido pela metade e deu menos de R$ 25 mil mensais para todos os centros juntos
10) Clínica de Arbitragem (segundo a CBB, compreendem as clínicas de Formação e Atualização dos árbitros): redução de 46% de 2012 para 2011, com um gasto total de R$ 72.613, ou R$ 6.051 mensais para a formação dos nossos árbitros. Será que nossos árbitros são tão bons que não precisam de formação?
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