A grande decisão de Tiago Splitter nessas férias: ficar ou não no San Antonio Spurs?
Fábio Balassiano
22/06/2013 12h22
Bobagem, bobagem pura. Aos 28 anos, Tiago chegou à NBA há três temporadas, melhorou bastante em termos físicos, técnicos e de fundamentos e conquistou a confiança de seu time e técnico, além da condição de pivô titular de uma das melhores equipes da liga, o San Antonio Spurs. Jogar 25 minutos por noite no Spurs, tenham certeza disso, é coisa pra caramba e a prova que as coisas caminhavam muito bem veio na série final do Oeste contra o Memphis em que Splitter destruiu Gasol e Randolph nos corta-luzes e na defesa, sendo elogiado por companheiros e adversários.
De todo modo, todo mundo que o acompanha há alguns anos espera(va) mais de Tiago. Esperavam que ele fizesse 20 pontos e 15 rebotes todo jogo na melhor liga de basquete do mundo. Desculpe dizer a todos, desanimá-los, mas isso dificilmente acontecerá. Não é demérito algum isso, mas o brasileiro é apenas um jogador (ou ainda é) de composição de elenco (role player na veia), responsável muito mais por fazer corta-luzes para Tony Parker ou Manu Ginóbili brilharem. Está longe de ser ruim isso, pessoal, e acho que isso é importante ser compreendido. Na Espanha, ele era estrela, a bola chegava nele em todos os ataques e o time o procurava para as definições ofensivas. No Spurs, sua missão principal é defender. Depois disso, em produzir corta-luzes em ótimos ângulos para o francês e argentino. Se sobrar tempo, espaço e físico, quem sabe uma bolinha termine em sua mão.
Seus números saltaram de 4,6 pontos e 12 minutos para 10,3 pontos e 25 minutos, e isso representa um crescimento grande e bacana demais para Tiago, mas eu não sei se há perspectiva, no San Antonio Spurs, de subir mais do que isso em uma franquia que conta com Tony Parker ainda no auge e dois garotos (Leonard e Green) que terão espaço para tudo depois do ótimo playoff que fizeram. Além disso, Boris Diaw terminou bem a temporada, e se cuidar do seu físico certamente comerá (perdão pelo verbo, Diaw…) minutos do brasileiro. Com a formação de quatro baixinhos cada vez mais sendo utilizada (e Tim Duncan como o único pivô), o tempo de quadra pode ficar ainda mais espremido.
Está longe de ser uma decisão fácil, molezinha de ser tomada, mas ele precisará decidir rápido. Ficar ou não em San Antonio, eis a questão? Se você, amigo leitor, fosse o brasileiro, o que faria? Comente!
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