Outro elogio necessário a alguém tão criticado - o técnico Erik Spoelstra, bicampeão com o Miami
Fábio Balassiano
21/06/2013 14h00
Não nem escrever sobre a mudança conceitual que Spo fez no Miami da última para esta temporada (releia aqui o que já disse), mas acho bem fundamental apresentar que o técnico do Miami fez nessa final contra o Spurs.
Acuado com 2-1 e contra a parece caso o rival abrisse um perigoso 3-1 com uma partida a mais por jogar no Texas, Spoelstra não teve dúvida: decidiu abrir o time, colocando Mike Miller para deixar as infiltrações de LeBron James e Dwyane Wade fluírem com naturalidade. Deu certo no jogo 4, deu certo até o final da série. James e Wade, suas duas principais estrelas, tiveram espaço para driblar e cortar para a cesta e tranquilidade para não chutarem loucamente de fora – tanto foi assim que, com calma e confiança, LeBron decidiu o campeonato no jogo 7 chutando de longe com a auto-estima lá na lua. Foi uma vitória tática contra Popovich, e certamente sua consolidação como grande treinador que é.
Na dele, caladão, sempre tentando resolver os problemas internamente, Spoelstra teve que se virar para dividir o tempo de quadra com um elenco mais numeroso – e foi muito bem no quesito, dando funções e responsabilidades diferentes a um time fortíssimo, sensacional. Termina a temporada com dois títulos, três finais, uma dinastia para guiar (próximo post) e uma única certeza: está no Hall dos grandes treinadores da NBA sem dúvida alguma. Quem diz o contrário curte bravatas ou ainda analisa basquete como se fosse futebol.
Se puder, não compre este discurso. Spo é um baita técnico.
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