Nascido em Xapuri, terra de um grande mestre da literatura esportiva, aliás (Armando Nogueira), Auri Malveira decidiu escrever a história de um de seus ídolos de infância e juventude. Ouviu amigos, jornalistas, companheiros de seleção, juntou tudo e lançou a deliciosa (comecei ontem) biografia "Wlamir Marques – o Diabo Loiro", sobre Wlamir, bicampeão mundial (1959 e 1963) e duas vezes medalhista olímpico pela seleção brasileira de basquete (1960 e 1964).

Editado e lançado pela Panda Books (clique aqui e saiba mais), a obra custa R$ 39,90, tem 248 páginas, inúmeras histórias maravilhosas e prefácio de José Trajano, outro fã de Wlamir na adolescência e depois o responsável por contratar o então ex-jogador para ser comentarista dos canais ESPN, onde o Diabo Loiro (apelido que o garoto de São Vicente odiava, diga-se de passagem) pilota o microfone com maestria até hoje.

Em um país que trata tão mal de sua memória esportiva, a biografia de Wlamir chega em um momento bacana demais. A geração da qual ele foi protagonista acaba de comemorar 50 anos do bicampeonato mundial, e é sempre bom poder ler e reler um pouco da história de quem fez, e segue fazendo, tanto pela modalidade. Há passagens por clubes, seleção e uma série de números de sua brilhante carreira ao final do livro.

Se eu puder recomendar algo, eu digo: comprem, porque vale realmente a pena.