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Chicago está quase fora, e Derrick Rose deveria repensar sua atitude se quiser ser grande

Fábio Balassiano

14/05/2013 01h00

O Chicago Bulls tomou uma grande lição na noite desta segunda-feira no United Center. Perdeu de 88-65 do Miami Heat, viu o rival abrir 3-1 na série e aprendeu, de uma vez por todas, que não é fácil duelar contra o atual campeão da NBA com dois titulares a menos (Luol Deng e Kirk Hinrich estão machucados). Na verdade, chama menos atenção a (esperada e óbvia) derrota de ontem e a provável eliminação contra um timaço de basquete e muito mais o que Derrick Rose (foto) fez nessa temporada pelo seu time.

Já falei, cansei de argumentar por aqui o que acho de sua situação, mas confesso que ontem fui dormir com uma sensação horrível em relação ao cara. Ele operou o joelho há mais de um ano (no mesmo dia de Iman Shumpert, que está jogando muitíssimo bem pelo Knicks no playoff), está clinicamente recuperado há mais de dois meses, quando os médicos do Bulls lhe deram o aval para voltar às quadras e afirma não ter confiança para voltar a jogar.

É justo, é lícito e ele nunca mentiu pra ninguém. O que me incomoda, realmente, é o fato de seu time estar absolutamente quebrado em uma série física e intensa contra o atual campeão e Derrick Rose não mover sequer uma palha, fazer uma forcinha, para tentar ajudar. É como se ele estivesse dizendo aos seus companheiros um "vão lá jogar, vão, eu só retorno na próxima temporada quando estiver 100% recuperado e pronto para conseguir meus números". Poxa, Noah e Boozer se matando no garrafão, Nate Robinson jogando vomitando, Jimmy Butler sem poder descansar NENHUM minuto em quase todos os jogos desde a série contra o Nets. Ou seja: o Chicago silenciosamente pedia socorro a sua principal estrela, a sua estrela que teve 12 meses para se recuperar sem o mínimo de pressa, sem o mínimo de pressão. E como Rose respondeu? Comendo um doce no banco de reservas no jogo 2 em Miami e colocando terno ao invés da camisa 1.

Ora, faça-me o favor, Rose. Nem vestir a camisa e o short do Chicago vocês fez. Nem uma tentativa houve. Nem um "cara, eu estou desesperado pra ajudar meus companheiros" foi dito. Rose será um grande jogador quando voltar, mas pra mim o que fica dessa temporada que provavelmente terminará na quarta-feira no jogo 5 da série contra o Miami na Flórida é que a grande estrela do Bulls na verdade é um atleta egocêntrico e que não foi capaz de se despir de medos e vaidades para ajudar os companheiros quando eles mais precisavam de um auxílio.

Se quiser ser realmente um dos melhores da história Rose terá que aprender a ser um grande líder. Algo que provou não ser nesta temporada. Quem sabe na próxima.

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