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Melhor jogador do time campeão das Américas, Rafael Mineiro merece chance na seleção

Fábio Balassiano

14/04/2013 13h20

No começo desta temporada escrevi aqui sobre Rafael Mineiro, ala-pivô do Pinheiros que estava comendo a bola. O texto era de 17 de setembro, e eu esperava pra ver o que aconteceria com o jogador nos meses restantes. E o que fez Mineiro? Simplesmente foi o jogador mais eficiente do Paulista (19,8, com 15,9 pontos, 61,4% nos tiros de dois e 7,6 rebotes).

Veio o NBB, os jogos mais difíceis contra times como Flamengo, Brasília, Uberlândia, entre outros, e o que fez o rapaz? Manteve as médias (13,9 pontos, 5,1 rebotes, 59,6% nos tiros de dois) e se tornou o principal jogador do time que conquistou a Liga das Américas na noite de sexta-feira (ontem o time perdeu de Brasília por 85-81 em jogo que serviu apenas para cumprir tabela). Na competição internacional Mineiro saiu-se com 15,4 pontos, 7,6 rebotes e 57,4% nos chutes de dois pontos. Abaixo mostro como foi a evolução do jovem de Uberaba (24 anos, 2,08m) desde o primeiro NBB.

E o que isso tudo quer dizer, gente? Que aquele menino que fez parte do time que foi ao Mundial Sub-19 da Sérvia (na campanha que levou o país ao quarto lugar, ele teve 7,6 pontos e 4,2 rebotes) evoluiu, cresceu, está pronto para desafios maiores. Coadjuvante do time comandado por José Neto e que tinha como protagonistas Paulão Prestes (hoje em Brasília) e Betinho (Minas), Rafael Mineiro assume papel de protagonista em um dos times mais consistentes dos últimos anos (vice na Sul-Americana, Liga das Américas e Interligas há um ano, título na Liga das Américas agora e duas semifinais seguidas do NBB).

O camisa 12 do Pinheiros sempre teve técnica, e agora aprendeu a dominar sua cabeça – antes explosiva, agora razoavelmente controlada. Mesmo jogando muitas vezes como pivô no time de Cláudio Mortari (de costas pra cesta e no centro do garrafão mesmo, e não nas extremidades, como prefere) ele tem ido bem, servindo de referência defensiva em um elenco que tem Shamell, Joe Smith, Paulinho e cujo gosto pelo jogo periférico é conhecido por todos. Nos últimos cinco jogos do NBB, Mineiro, marcando caras maiores e mais pesados que ele na maioria das vezes (se bem que, é bom dizer, seu jogo flui muito mais quando um pivô de ofício, Morro ou Fiorotto, estão em quadra), teve 20 ou mais pontos em três deles, matou uma bola no estouro do cronômetro contra Brasília (veja aqui) e esbanjou confiança.

Rafael Mineiro é a melhor novidade em um NBB com figurinhas repetidas e poucas surpresas. Consolidado como um dos melhores jogadores do país, chegou a hora de vê-lo na seleção adulta ao menos treinando com Rubén Magnano no time nacional que vai disputar a Copa América neste ano. Anderson Varejão, lesionado, não vem. Nenê é Nenê e a gente sabe que a incógnita existe. Não seria, portanto, loucura pensar no ala-pivô do Pinheiros na equipe de Magnano para a primeira competição deste novo ciclo olímpico.

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