Contra desafetos, Boston tenta acabar hoje com invencibilidade de 22 jogos do Miami Heat
Fábio Balassiano
18/03/2013 01h09
Bingo. A frase não é minha, obviamente. É de Erik Spoelstra, técnico do Miami Heat, e foi dita ontem no Canadá, onde seu time fez 108-91 no Toronto Raptors para chegar a 22ª vitória seguida na temporada, igualando o feito do Houston Rockets de 2007-2008 e ficando a 11 de igualar o do Los Angeles Lakers de 1971-1972. Nesta segunda-feira, o seu time viaja até Boston (21h de Brasília) para superar a marca texana e fincar pé na segunda maior sequência de triunfos da história da liga.
Não será fácil, obviamente. Não tanto pelos times que medirão forças logo mais, não. O Miami Heat é um dos melhores times da NBA, certamente o melhor do Leste, conta com um gênio (Joel Anthony – tô zoando, é o LeBron, claro), um craque (Wade), um excelente (Bosh) e um punhado de bons jogadores de composição de elenco (Chalmers, Allen, Battier, Lewis, Haslem, Anthony, Cole, Andersen etc.).
Kevin Garnett (na foto) já disse não gostar de LeBron James (suspeito que Garnett não goste de muita gente, diga-se de passagem). Kevin Garnett disse ter ficado alucinado quando soube que Ray Allen iria jogar em Miami (chegou a apagar o número do ex-amigo de sua agenda do celular). E Kevin Garnett esteve em todos os duelos que os Celtics fizeram ou com Cleveland ou com Miami, tendo enfrentado LeBron em quatro das cinco pós-temporadas mais recentes (2-2 no confronto direto, sendo os dois últimos vencidos pelo Heat). Adicione a este tempero Jason Terry (que enfrentou, perdeu e ganhou, do Miami em 2006 e 2011) e Paul Pierce (este dois últimos citados já disseram que não estão impressionados com a série invicta do Miami e que não ligam para o que se passa do lado de lá – aham, sei…), e teremos uma bomba pronta pra ser explodida.
É um duelo de estilos (Paul Pierce e Kevin Garnett não têm muita papa na língua, fazem parte da old-school da NBA, mais centrada, mais focada em jogar basquete e só em jogar basquete; LeBron, Wade e Bosh são mais comportados, totalmente midiáticos e mimados ao cubo), um duelo que vem se repetindo há anos na liga – quase sempre saindo faísca em quadra. A dúvida que fica é: será que apenas a fagulha da antiga rivalidade será suficiente para o Boston conseguir bater o Miami, invicto há 22 partidas?
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