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Em ritmo de treino, líder Flamengo joga bem e massacra Liga Sorocabana no NBB

Fábio Balassiano

08/03/2013 11h15

Por Fernando Hawad Lopes, direto do Rio de Janeiro (RJ)

Depois de mais de duas semanas longe do seu torcedor, o Flamengo voltou ao ginásio do Tijuca na noite desta quinta-feira para enfrentar a Liga Sorocabana. Com um público pequeno, o líder do NBB não teve dificuldades para atropelar o time paulista: 102 a 64 (na preliminar vitória de Bauru sobre o Tijuca por 79 a 71). O resultado mantém os comandados de José Neto na ponta do torneio com 23 vitórias e duas derrotas. Já os sorocabanos permanecem na zona de classificação para os playoffs. A equipe é a décima colocada na tabela, com 11 triunfos em 24 partidas.

Antes de falarmos sobre o jogo, que por sinal foi bem morno, há de se lamentar a queda de público do Flamengo nas últimas rodadas. Sem dúvida nenhuma, o aumento no preço do ingresso contribuiu bastante para a diminuição da torcida rubro-negra, que vinha proporcionando espetáculos incríveis no Tijuca. Não sei o por que a diretoria do clube tomou essa atitude.

Dentro de quadra, parecia um mero treino do Flamengo. Desde o início o time tomou conta da partida e, sem fazer muita força, foi abrindo diferença no placar. O primeiro quarto terminou 23 a 14 para os cariocas. Muito apática, a Liga Sorocabana nem de longe lembrava aquela equipe voluntariosa, que venceu, por exemplo, os fortes Pinheiros e Bauru, ambos fora de casa. Com uma defesa ruim e ataques desorganizados, os visitantes foram para o intervalo perdendo por 18 pontos: 48 a 30.

Sem forças para reagir, os visitantes apenas olhavam o Flamengo jogar. No terceiro quarto a diferença passou dos 30. Marquinhos fez bela partida, anotando 22 pontos  (cestinha do confronto) e Olivinha teve um baita aproveitamento ofensivo, convertendo 21 dos 23 pontos que tentou (6/6 nas bolas de dois). Mas o destaque desta quinta ficou por conta da volta do armador Kojo. Se firmando cada vez mais como um dos principais armadores do NBB, o americano teve baita atuação e deu 11 assistências, seu recorde de passes decisivos no campeonato.

Vencendo fácil, Neto aproveitou para mexer bastante no último período. Um dado curioso chamou atenção. O Flamengo tentou mais bolas de três do que de dois no jogo. A equipe acertou 14 em 32 tiros de fora e 22 em 31 arremessos de dentro do perímetro. Isso ocorreu principalmente por conta da defesa zona dos paulistas, que possibilitou vários arremessos confortáveis dos mandantes. Aliás, fico pensando se marcar zona a maior parte do jogo contra um time que tem vários chutadores de três é a melhor opção. Acredito que não, né.

O técnico José Neto, por sua vez, disse que não se preocupa muito com a quantidade excessiva de chutes de fora da equipe (para se ter uma ideia, só o ala Duda tentou 10 bolas longas, acertando três). "Tivemos uma quantidade grande de arremessos de três, mas todos foram bem trabalhados. Não me preocupo com a quantidade e sim com a qualidade. O dia que tivermos dois arremessos de três e 500 de dois forçados, aí sim, vou ficar incomodado. Temos ótimos arremessadores de fora e procuramos explorar bem isso", afirmou o comandante rubro-negro.

Pelo lado dos sorocabanos, o armador Neto usou poucas palavras para explicar a derrota por quase 40 pontos. "Marcamos mal e atacamos mal, não conseguimos jogar hoje". O ala americano Holloway foi o principal cestinha da equipe paulista com 16 pontos, mas apenas 1/8 nos chutes de três.

No próximo sábado, a Liga Sorocabana tenta se reabilitar contra o anfitrião Tijuca, penúltimo colocado do NBB, às 18h. Antes disso, às 16h, também no ginásio do Tijuca, Flamengo enfrenta o Bauru num jogo que promete. Vale lembrar que no primeiro turno, na Panela de Pressão, os times protagonizaram um duelo épico, decidido apenas na segunda prorrogação, com vitória rubro-negra.

Ah, para encerrar, uma declaração no mínimo curiosa. Quem acompanhou o jogo desta quinta estranhou a postura do técnico Rinaldo Rodrigues, da Liga Sorocabana. Sempre muito agitado durante as partidas, ele ficou o tempo todo sentado, enquanto seu auxiliar dirigia a equipe. No intervalo, perguntei para o treinador o que estava acontecendo e, em claro tom de deboche, ele me respondeu: "Sou o dono do time, trabalho a hora que quiser." Eu, hein…

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