No playoff da LBF, times escolherão 2 jogadoras adversárias pra fazer exame anti-doping
Fábio Balassiano
28/02/2013 01h06
1) A principal novidade é que, ao contrário da fase de classificação, haverá, sim, exame antidoping nos playoffs (o que é ótimo, obviamente). Não dá pra entender, porém, a forma como a LBF colocará isso em prática (só lembrando: na edição passada, a armadora Natália já foi pega). Embora não seja ilegal, não é usual. Vamos lá: diferentemente do que ocorre, por exemplo, no futebol, quando atletas são escolhidos por sorteio, no mata-mata da Liga de Basquete Feminino os times escolherão duas jogadoras do adversário para fazer o exame (sim, um representante, por exemplo, do Maranhão Basquete olhará para o time de Guarulhos e pinçará duas meninas para fazer o exame). Explicação de Celso Diniz, Gerente Executivo, da Liga: "A respeito do exame anti-doping, não necessariamente será o técnico. Deverá ser um representante da equipe adversária. O exame antidoping não é somente por sorteio, pode ser feito por indicação conforme está em nosso regulamento ( elaborado em conjunto com todas as equipes)".
2) Guarulhos segue sem jogar em sua cidade. Nos playoffs, o time paulista jogará contra o Maranhão como mandante em… São Luís (MA). Meio absurdo, não? O time, que não tem ginásio disponível, mandou seus jogos na fase de classificação em Americana. Não repetiu a dose no mata-mata. Situação terrível, é o mínimo que se tem a dizer. Explicação de Celso Diniz: "Guarulhos não jogará na cidade pelo mesmo motivo que não jogou nenhuma partida em casa até agora. Os ginásios da cidade de Guarulhos estão sem condição de uso, conforme informação fornecida pelo Secretário de esportes do Município. Na série de quarta-de-final, eles (Guarulhos) optaram por jogar em São Luís, no Maranhão. Apenas para esclarecimento: o Maranhão Basquete, quando atua em casa, arrecada alimentos em troca dos ingressos. No ano passado foram arrecadadas mais de 30 toneladas de alimentos. Isto foi noticiado, bem como, a respeito da arrecadação feita já neste ano. E o mesmo acontecerá nesta partida".
4) Por fim, uma perguntinha básica: Americana, um dos times que mais investe no basquete feminino deste país (da base ao adulto), não terá nenhum de seus jogos contra Ourinhos nas quartas-de-final exibido no Sportv. Qual é a explicação?
Bom, depois disso tudo não há muito mais o que possa ser dito sobre o basquete feminino brasileiro. Atletas se calam, técnicos também, clubes acabam assinando o regulamento e não contestam nada, a direção da LBF não ajuda muito, a Confederação Brasileira finge que não vê nada e o basquete feminino vai se afundando cada vez mais.
Há luz no fim do túnel? Eu não a vejo…
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