Sobre Alex Garcia e sua ótima defesa em Marquinhos no último Brasília-Flamengo do NBB
Fábio Balassiano
25/02/2013 11h40
Falo, obviamente, de Alex Garcia, que na quinta-feira deu uma aula de defesa em Marquinhos, ala do Flamengo e até então melhor jogador do NBB (médias de 21,5 pontos, 64,1% nos tiros de dois e 40,5% nos chutes longos). O que o Brabo, como é chamado, fez com o camisa 11 rubro-negro de verdade eu não via há muito tempo.
Quinze centímetros mais baixo que Marquinhos, Alex, um ser competitivo e sério por natureza, simplesmente colou no ala do Flamengo, não dando liberdade alguma para os arremessos. O camisa 10 de Brasília o encurralou, Marquinhos não pensou duas vezes e saiu chutando pra cima (deu passos pro lado ou pra trás apenas). O resultado? Uma cesta de quadra em dez tentativas (seu pior desempenho no atual NBB), sete pontos, cinco erros e nenhuma chance de reação para seu time. O rubro-negro, é verdade, nem tentou jogar de outra forma (dribles, cortes, infiltração, post-up, picks, nada), e seu resultado foi se mantendo (até agora não entendi o motivo, mas tudo bem).
Alex tem diminuído cada vez mais sua presença ofensiva (seus 13,8 pontos são sua pior marca na história do NBB, bem como seus aproveitamentos nos chutes de dois, 55,7%, e de três, 29,6%), mas não importa: ele é craque, e chegando aos 33 anos (completa aniversário em 4 de março) merece ser tratado como tal cada vez mais. Basquete é um jogo que não se pode dividir (entre defesa e ataque, pois ambos se completam), e ninguém aqui faz tão bem os dois quanto ele.
Que continue assim, pois ainda tem muita bola pra jogar – seja em clube, seja pela seleção brasileira.
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