Em jogo ruim, defesa de Franca garante vitória da equipe sobre o Tijuca no NBB
Fábio Balassiano
14/02/2013 22h55
Por Fernando Hawad, direto do Rio de Janeiro (RJ)
Apesar do jogo feio e do placar baixo, há de se destacar um ponto positivo: as duas defesas, especialmente a dos paulistas, funcionaram bem. A partida foi muito amarrada e no primeiro quarto o Tijuca levou a melhor, aproveitando a altura do pivô Renan: 17-15. O segundo período pareceu uma repetição do primeiro. Jogadas precipitadas de ambas as equipes no ataque e um bom trabalho defensivo. Os tijucanos venceram a parcial por apenas um ponto, 16 a 15, indo para o intervalo com três de vantagem: 33-30.
Na volta do vestiário, Franca começou a mudar a história do jogo com uma receita que sempre deu muito certo na tradicional equipe da chamada capital do basquete brasileiro: marcação cerrada e contra-ataques rápidos. É fato que os grandes times francanos, que conquistaram muitos títulos para a cidade, primavam pela qualidade defensiva. E isso é que o experiente técnico Lula Ferreira está tentando resgatar. Durante a partida, dava para perceber que quase todas as instruções do treinador eram para a defesa. Com uma marcação agressiva, induzindo o Tijuca aos erros, Franca conseguiu a virada e abriu oito pontos de vantagem: 51-43. Destaque para o jovem e talentoso ala Cauê Borges, cestinha da partida com 14 pontos. O garoto Lucas Mariano, principal pivô do time de Lula, contribuiu com 10.
Após exigir muita defesa de seus atletas durante a partida, Lula valorizou o comportamento do elenco, que mesmo numa noite ruim no ataque, conseguiu a vitória. "A gente está implantando uma filosofia de defesa forte, contra-ataque e jogo coletivo, que sempre marcou a história de Franca. Não temos um jogador que faça 30 pontos na partida, mas temos vários que fazem seis, sete, oito. Sabemos das nossas limitações ofensivas e por isso temos que compensar na defesa. O time está evoluindo bem, graças à ousadia da diretoria, o apoio da torcida e ao tripé formado pelo Jonathan, o Figueroa e o Teichmann (jogadores mais experientes do grupo), que exercem uma liderança na equipe sem qualquer tipo de vaidade", afirmou um dos técnicos mais vitoriosos do basquete brasileiro atual.
Do outro lado, o armador Fred ressaltou a garra do Tijuca e apesar do time ter se revoltado com algumas decisões da arbitragem, especialmente no fim do jogo, ele preferiu não colocar a culpa pela derrota nos juízes. "Não temos que colocar a responsabilidade na arbitragem. Acho que pecamos no segundo tempo porque permitimos muitos pontos em contra-ataques deles. Nossa defesa no cinco contra cinco foi muito boa, mas tomamos muitos pontos em contra-ataques. Eles abriram quase 10 pontos e ficou difícil tirar a diferença", disse o experiente armador.
Na próxima rodada, no sábado, Franca vai tentar tirar a invencibilidade do líder Flamengo. O duelo, que é considerado um dos maiores clássicos do basquete brasileiro, promete agitar o ginásio do Tijuca às 16h. Depois, às 18h, no mesmo local, o Tijuca tenta se reabilitar contra o forte time do Uberlândia.
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