Maduro, pivô Lucas Bebê evolui, ganha espaço e brilha no renovado Estudiantes, na Espanha
Fábio Balassiano
14/01/2013 14h00
Com isso, o rebaixamento virou permanência na principal liga de basquete da Europa, um alívio para a torcida que nunca havia visto seu time cair e uma oportunidade de ouro para o pivô brasileiro Lucas Bebê (foto), que apenas nas rodadas finais do campeonato passado acabou ganhando chances.
Mas na atual temporada da Liga ACB tudo mudou. No time e para o brasileiro. O Estudiantes se reforçou, abriu os cofres e espantou a má fase. Bateu o Barcelona ontem por inapeláveis 88-66, classificou para a Copa do Rei pela primeira vez em dois anos (melhores momentos aqui) e tem 9-8 após o primeiro turno (sem dúvida uma baita surpresa). Praticamente "adotado" pelo técnico Txus Vidorreta, que o trata com carinho e dedicação, Lucas Bebê (chamado por lá de Lucas Nogueira), de 20 anos e 2,13m ganhou espaço, tempo de quadra (12 de média, com 4,6 pontos, 2,8 rebotes e 6,7 de eficiência), mostrou maturidade (trocou o comportamento intempestivo pelo lado mais calmo que parecia ser inexistente) e evoluiu absurdamente em posicionamento principalmente na defesa (tem 18 tocos em 17 jogos) e no seu ataque (antes hesitante em alguns movimentos ofensivos, agora ele até se arrisca em jogadas de costas para a cesta e arremessos um pouco mais longos, embora seu arsenal ainda se baseie muito nas enterradas e nos "retornos" dos rebotes de ataque – são 12 cravadas até aqui na Liga ACB).
Bebê ainda não é um grande jogador, mas está no caminho certo para se tornar um. Manter a cabeça no lugar, seguir desenvolvendo seu jogo (principalmente o ofensivo), ganhar um pouco mais de mobilidade devem estar na ordem do dia no pupilo mais querido do técnico Txus (e um dos mais queridos dos torcedores, como o vídeo abaixo, gravado no meio da torcida após a vitória de ontem, demonstra). Que ele tenha consciência disso e que a Confederação Brasileira monitore seus passos com carinho. Para uma seleção brasileira que começa esse ano o seu planejamento para as Olimpíada de 2016, esquecê-lo em Madrid é pouco recomendável.
Ele merece ser ao menos lembrado, não?
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